Pinhalzinho tem 100% dos casos de homícidio elucidados. O último que estava em aberto foi concluído onde cinco pessoas foram indiciadas. Trata-se do fato envolvendo um morador, na época com 42 anos. Ele desapareceu no final da tarde de 30 de maio de 2016.
Segundo a companheira, a vítima recebeu uma ligação para comparecer à subestação que estava sendo construída no Distrito de Machado, para fazer orçamento de manutenção de gramado.
O veículo que ele usava foi encontrado pela viúva na manhã seguinte, em uma “pedreira”. O corpo localizado três semanas depois, no interior de Campo Erê.
Apuração dos fatos
A investigação demonstrou que o crime foi encomendado pelo então sogro da vítima, em razão de desavenças pessoais, familiares e financeiras, já que ambos também eram sócios em uma empresa.
Na ocasião, a mando do sogro, os quatro executores atraíram a vítima para a subestação, onde três deles na época trabalhavam como seguranças, e realizaram a emboscada. O assassinato ocorreu ali perto, onde desferiram um golpe fatal de facão na cabeça do homem, que veio a óbito. Depois disso, eles levaram o corpo a duas cidades a frente, onde o enterraram.
Valores para o cometimento do crime
Os elementos coletados mostraram ainda que o valor acertado pela execução girou em torno de R$ 50 a 70 mil reais. Interrogados, todos negaram envolvimento, porém dois dos executores admitiram que de fato receberam proposta do sogro da vítima para matá-lo.
Os suspeitos foram indiciados pelos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Uma vez que se verificou que o crime aconteceu em Modelo, o inquérito foi encaminhado à Comarca desta cidade, onde eles serão julgados.
Ainda, em razão da gravidade do crime, do risco à ordem pública e também de que pudessem os autores ameaçar alguma testemunha ou mesmo se evadirem, foi solicitado a prisão preventiva de todos eles, o que teve o pedido negado pelo Poder Judiciário, que decretou a eles outras medidas cautelares.
Além disso, o Ministério Público ofereceu denúncia em desfavor dos indiciados, o que foi aceito pelo Judiciário. Agora eles são réus e provavelmente irão a júri.
Tempo para finalização dos trabalhos policiais
Por fim, a Polícia Civil esclarece que a demora para a conclusão do caso se deve a três fatores: ao fato de se tratar de caso bastante complexo; em razão de a investigação de ter sido encaminhada para outra delegacia quando o corpo foi encontrado (já que havia indicativos de ter sido o crime praticado em Campo Erê), somente depois retornando a Pinhalzinho; e em razão de ter havido nesse intervalo algumas trocas de delegados em Pinhalzinho e também de policiais.