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A Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (FACISC) lançou nesta terça-feira (25/3) o Mapa do Agronegócio Catarinense, um estudo inédito que destaca a diversidade e a força do setor agropecuário no estado.
Com R$87,3 bilhões em produção em 2023 e R$62,8 bilhões em exportações em 2024, o agronegócio responde por impressionantes 70% das exportações totais de Santa Catarina, consolidando-se como um dos mais competitivos do país.
O levantamento reúne dados do IBGE, do MDIC e do MTE, apresentando um panorama detalhado da produção agrícola, do rebanho, das exportações e dos principais polos produtivos do estado. O presidente da Facisc destacou que o objetivo do estudo é impulsionar investimentos estratégicos.
"Fizemos o Mapa do Agronegócio porque acreditamos que podemos lutar pelo nosso desenvolvimento. A transformação depende de cada um de nós", ressaltou.
(Foto: Ricardo Trida/Arquivo/SECOM)O Oeste como potência do agronegócio
Dentre as mesorregiões catarinenses, o Oeste se destaca como a principal força produtiva do estado, especialmente no setor pecuário e em seus desdobramentos industriais. A região é referência nacional em produção de carne suína e de aves, além de ser uma potência na indústria de laticínios, equipamentos para a fabricação de alimentos e bebidas e refrigeração industrial.
Outro ponto de destaque é o setor madeireiro. A silvicultura no Oeste catarinense gera a maior quantidade de empregos formais do Brasil, garantindo não apenas crescimento econômico, mas também aumento na arrecadação e melhor qualidade de vida para a população local.
O diretor de Ferrovias e Agronegócio da Facisc, Lenoir Broch, destacou a importância dos dados mapeados para nortear investimentos e enfrentar desafios logísticos.
"Apesar da competitividade, o setor precisa de mais infraestrutura para escoamento da produção. Com o estudo, podemos identificar gargalos e direcionar esforços para fortalecer nossa logística", explicou.
Tecnologia impulsiona a competitividade
O Mapa do Agronegócio também revelou a necessidade de investimentos em tecnologia e equipamentos de ponta para manter a competitividade do estado. Segundo a economista da Facisc, Mariana Guedes, o estado já se destaca na produção de máquinas agrícolas e industriais, sendo um importante fornecedor de equipamentos para o setor primário e secundário.
No Oeste catarinense, por exemplo, a fabricação de máquinas para a indústria alimentícia é um diferencial, tornando a região um polo de inovação dentro do agronegócio brasileiro.
(Foto: Reprodução/Internet)Destaques nacionais da produção
A diversidade produtiva das mesorregiões catarinenses coloca o estado em posição de liderança no agronegócio brasileiro. O estudo aponta que todas as regiões possuem pelo menos quatro produtos de destaque nacional. No entanto, o Oeste se sobressai como a área com o maior número de cadeias produtivas relevantes, principalmente no setor animal.
Além disso, as regiões Serrana e Vale do Itajaí são referência na aquicultura, silvicultura e agricultura, enquanto o Norte do estado se destaca na produção agrícola. No Sul e na Grande Florianópolis, a pecuária ganha força.
Com esse novo mapeamento, Santa Catarina reforça sua posição como um dos principais motores do agronegócio nacional, com o Oeste liderando o caminho para o crescimento sustentável e tecnológico do setor.