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Santa Catarina avança no índice da Firjan, mas tem desafios nas áreas da saúde, educação e saneamento

Cerca de 2,8 milhões de catarinenses vivem em cidades com desenvolvimento alto

09/05/2025, 13:38
Atualizado há 1 dia
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Por Fabiano Rambo
Santa Catarina se destaca no índice da Firjan (Foto: Reprodução/Internet)Santa Catarina se destaca no índice da Firjan (Foto: Reprodução/Internet)

Apesar de ocupar lugar de destaque no novo Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM), Santa Catarina convive com desafios persistentes que comprometem a qualidade de vida de parte significativa da população. A força econômica do estado impulsiona os indicadores gerais, mas esconde gargalos históricos, especialmente nas áreas de Saúde, Educação e Saneamento Básico.

De acordo com o levantamento divulgado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), 11,2% dos municípios catarinenses alcançaram um nível de desenvolvimento considerado alto — mais do que o dobro da média nacional, que é de 4,6%.

O estado tem a segunda maior proporção de cidades com alto desenvolvimento do país, atrás apenas de São Paulo. Outros 83% das cidades catarinenses foram classificadas com desenvolvimento moderado, e apenas 5,8% estão em condição de desenvolvimento baixo.

No entanto, os avanços não são homogêneos. Um olhar mais atento revela que muitos municípios ainda lutam para oferecer acesso digno a serviços básicos. A falta de infraestrutura sanitária adequada, por exemplo, compromete a saúde pública e se reflete nos indicadores da área, que, embora tenham melhorado, ainda revelam uma realidade desigual.

O estudo analisa o desempenho de 5.550 municípios, responsáveis por 99,96% da população brasileira, a partir de três dimensões: Emprego & Renda, Saúde e Educação. A pontuação varia de 0 a 1 ponto — quanto mais próximo de 1, maior o nível de desenvolvimento.

Em Santa Catarina, 2,8 milhões de pessoas vivem em cidades com desenvolvimento alto, enquanto outras 4,9 milhões estão em municípios com desenvolvimento moderado. Cerca de 91 mil catarinenses (1,1%) ainda residem em locais com desenvolvimento baixo, e nenhum município foi classificado como crítico.

Entre 2013 e 2023, a média do IFDM catarinense passou de 0,6320 para 0,7213 — avanço de 14,1%, impulsionado especialmente pela área da Saúde, com crescimento de 24%, seguida por Educação (+13,2%) e Emprego & Renda (+8,2%). Ainda assim, a base desses dados pode esconder fragilidades estruturais, principalmente nos municípios menores, que carecem de hospitais, médicos e infraestrutura escolar adequada.

Mesmo cidades de porte médio enfrentam problemas crônicos. Em Florianópolis, por exemplo, o IFDM revela uma trajetória de queda preocupante: de 5º lugar estadual em 2013 para 69º em 2023. A capital registrou queda de 6,9% em Educação e 3,3% em Emprego & Renda, com leve melhora em Saúde (+3,3%). No ranking das capitais brasileiras, Florianópolis caiu da 2ª para a 10ª posição.

Economia é o motor do desempenho estadual

O bom posicionamento de Santa Catarina no ranking da Firjan está diretamente ligado ao seu dinamismo econômico. Setores como indústria, agropecuária e comércio exterior têm sustentado o desenvolvimento em muitos municípios, o que se reflete positivamente no componente de Emprego & Renda do índice.

Das 500 melhores cidades do país, 75 estão no estado. O Top 10 estadual é liderado por São Bento do Sul, Joaçaba, São Miguel do Oeste, Jaraguá do Sul e Brusque.

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