Encher um time de atacantes não é sinônimo de gols

O futebol vem evoluindo a cada dia e novas formações aparecem nos mais diversos jogos. Ao assistir o amistoso entre Brasil e Estados Unidos, no qual terminou empatado em 1 a 1, por volta dos 20 minutos do segundo tempo, o técnico Dorival Jr fez três alterações, mudando o esquema tático do 4-3-3 para um 4-2-4.

A pergunta principal é: Quem vai armar o time e dar a bola para os atacantes buscarem o gol? Sei que nesta altura o Rodrygo ainda estava em campo e veio fazer essa função, mas não é a dele e também logo depois entrou o Gabriel Martinelli no lugar dele, outro atacante.

Não questiono a inteligência e capacidade de Dorival Jr, pois não sou nenhum profissional especializado como ele, mas gente, o meio de campo é o ponto essencial de um time, é o que te dá o equilíbrio entre a defesa e o ataque.

Jogar com quatro atacantes é você desenhar o teu jogo, pois o adversário sabe que o time vai pegar a bola e forçar nas alas para os atacantes irem para a jogada individual a qualquer custo ou então jogar no centroavante e dizer “te vira”, o futebol não é isso, não é assim.

Sabemos que hoje em dia existem poucos daqueles meias armadores, o clássico camisa 10, mas é essa função que precisa ter. O cara que vai trocar passes com os volantes e pifar o atacante para criar a oportunidade de gol na hora certa, não de qualquer jeito e só na base da correria.

As alterações poderiam ter dado certo e hoje eu não estaria escrevendo isso, ou ainda, pode dar certo no próximo jogo, mas não vejo que seja o caminho. 

Vem aí a Copa América, torço pela seleção, porém vai precisar entregar mais.