Uma vitória justa, venceu o futebol
Depois de 15 anos, Fluminense tirou um peso de sua história
Me lembro muito bem daquela fatídica noite de 02 de julho de 2008. Com o Maracanã lotado, o Fluminense vencia a LDU no tempo normal, mas era superado nas cobranças de pênaltis e ficava sem o título da Libertadores. Passados 15 anos, quis os Deuses do futebol que o tricolor carioca tivesse mais uma chance, no mesmo local, mas diante do temido Boca Juniors.
Os Argentinos davam medo por sua história na competição continental, mas os amantes do futebol sabiam que dentro de campo a equipe de Fernando Diniz poderia superar a tradição adversária e o fantasma de um título perdido. É verdade que até então o técnico brasileiro nunca havia vencido um campeonato de expressão, porém a gente sabe, sempre tem a primeira vez.
É claro que uma final de Libertadores é difícil, mas o Boca Juniors é um time fraco, que chegou a final na garra, raça e com seu goleiro pegando pênaltis. No entanto, a equipe que não tem medo de jogar com a bola de pé em pé, conseguiu chegar lá e mostrar que neste formato de jogo é possível ganhar no Brasil e na América também, não só na Europa.
Esse texto nem era para eu estar escrevendo, mas meu amigo Ricardo Niquetti, como bom colorado, não conseguiu escrever, não por falta de capacidade e inteligência, mas por dor. Esse sofrimento não é só dele, mas de todos os colorados que viram a possibilidade de sair de uma fila de 12 anos sem ganhar um troféu de expressão.
O Internacional tinha a vaga na final em suas mãos e viu a vaga escapar entre seus dedos. Não matou o jogo no Rio de Janeiro e entregou a partida em casa na frente do seu torcedor. Se tivesse passado, o Inter poderia estar gritando “TRICAMPEÃO”. Não aconteceu e quem gritou “É Campeão” pela primeira vez foi o Fluminense.
A vitória foi justa, na semi e na final, venceu quem merecia, venceu o futebol.