Dois lados da mesma moeda

Seleção brasileira vem quebrando recordes negativos de sua história

22/11/2023, 10:19
Atualizado há 6 meses
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Por Ricardo Niquetti
Argentinos fizeram a festa no Maracanã mais uma vez (Foto: Reuters/Ricardo Moraes/EBC)Argentinos fizeram a festa no Maracanã mais uma vez (Foto: Reuters/Ricardo Moraes/EBC)

Ontem o jogo entre as seleções de Brasil e Argentina mostrou em poucos minutos a bagunça do nosso futebol ou o descaminho em que estamos imersos. Vamos ao diagnóstico.

A CBF é uma entidade que nunca prezou pela transparência ou por ser uma aliada ao nosso esporte mais popular, o atual presidente que ninguém lembra o nome, teve algumas boas ideias em relação ao futebol feminino e ao futsal, mas sua gestão no futebol é vexatória.

Admitir esperar quase dois anos um treinador, colocar um interino que vive logicamente a dinâmica do seu clube de forma mais intensa, é uma sinalização na bússola do mundo real que leva qualquer entidade a ruina. A seleção hoje é um amontoado de pessoas que não sabem para aonde caminham.

Os jogadores nessa atmosfera vivem uma dinâmica de insegurança, não que eles sejam inocentes de tudo isso, frontalmente não, os jogadores brasileiros em sua maioria vivem em bolhas, não conseguem se posicionar sobre aquilo que ajudam a produzir, não conseguem observar a realidade que os alimenta e os aliena, assim a sua insegurança e trabalha com um maior fechamento em suas pequenas e bem pagas realidades.

E o que esperar do futuro?

Certamente veremos as criticas se avolumarem e os seus alvos, em grande maioria, serão endereçadas aqueles que possuem menor responsabilidade, por isso o nosso futuro será lento e doloroso, com muito mais pressão e menos decepções, pois a seleção chegou num patamar que nem esperança ela consegue construir.

Seguimos fortes e até breve.