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O dia 22 de setembro de 2024 será uma data marcante para o esporte brasileiro. Um domingo, onde foi realizada a partida final do Campeonato Brasileiro de Futebol Feminino 2024, entre Corinthians e São Paulo. Até aí, tudo na normalidade, até que foi anunciado o público presente na Neo Química Arena para assistir essa partida: 44.529 torcedores, para uma renda bruta de R$974.416.30.
Público recorde no Brasil e na América do Sul para assistir uma partida de futebol feminino. Vale ressaltar que o maior público em uma partida do campeonato brasileiro da série A, do masculino, foi na 27ª rodada, entre as equipes do Vasco da Gama e Palmeiras, com 62.186 torcedores. Uma diferença pequena para um esporte que privilegiou por muitas décadas apenas os homens.
Esse recorde é importante e não foi um feito apenas das equipes do Corinthians e do São Paulo. Mas sim do futebol feminino, que a cada dia, ganha mais e mais adeptos ao longo dos anos. A conquista do hexacampeonato por parte do timão, mostra uma organização e planejamento de algumas equipes brasileiras, mas ainda de forma discreta.
A Fifa realizará apenas a 10ª Copa do Mundo de Futebol Feminino, que está marcada para 2027 no Brasil. Todavia, este recorde de público é reflexo de um trabalho árduo que vem sendo realizado por jogadoras, treinadoras, clubes e fãs e o crescimento do futebol feminino no Brasil é uma vitória coletiva que vai além das quatro linhas e só tende a crescer ainda mais.
Atletas consagradas como Marta, Formiga e Cristiane, serão sempre lembradas. E Gabi Portilho, Duda Sampaio, Gabi Nunes, que assim como a goleira Lorena, fizeram uma Olimpíada sensacional. Atletas que com sua dedicação e talento, têm inspirado novas gerações, mostrando que o futebol é para todos.
Em suma, o recorde de público no Campeonato Brasileiro de Futebol Feminino de 2024 não é apenas um número impressionante, mas sim um símbolo da evolução e da resiliência de um esporte que, por muito tempo, esteve à sombra do futebol masculino. É o futebol feminino mostrando a cada partida, a cada lance, a cada gol, que assim como na sociedade, o lugar da mulher, é onde ela quiser estar.