“A direita não é patrimônio do PL”, diz João Rodrigues
Já em tom de campanha o prefeito reeleito de Chapecó diz ser o pré-candidato contra o sistema
Nem bem terminou o pleito municipal, as principais lideranças dos partidos que também são pré-candidatos já estão em clima de eleições novamente. A disputa pela Casa da Agronômica será um xadrez interessante. Pelo cenário atual, a coisa está entre o atual governador Jorginho Mello (PL) e João Rodrigues (PSD).
Rodrigues já afirma ser “o pré-candidato contra o sistema”. A frase foi dita essa semana em entrevista aos colegas da Rádio Chapecó. O prefeito reeleito, com quase 83% dos votos dos chapecoenses, fez um grande roteiro durante a campanha já visando as eleições de 2026. Fez mais campanha para os outros do que a si mesmo.
Quer apoio, por exemplo, do prefeito reeleito de Joinville, Adriano Silva, o qual em entrevista ao “Debate por SC” da RCO e Jovem Pan Criciúma e Tubarão afirmou ter grande respeito e amizade por Rodrigues. Mas, não deixou claro sua preferência ou apoio publicamente e no momento.
Por outro lado, Jorginho Mello (PL) já costura alianças. Mira no MDB e PP que somados governarão a partir de 2025, 70 e 53 prefeituras, respectivamente. A tentativa é isolar o PSD. João Rodrigues, no contra-argumento, discursa que a “direita não é patrimônio do PL”.
“A direita é patrimônio de todo o brasileiro supra partidariamente”, disse João Rodrigues.
João Rodrigues não precisa dizer que é de “direita”. Foi através dele que Bolsonaro, então seu colega de Câmara Federal, veio à Chapecó pela primeira vez. Colegas, o ex-presidente e o prefeito defenderam o impeachment de Dilma Roussef (PT) e alinharam amizade e discurso.
Para Rodrigues, a direita não é exclusividade do PL e citou outros líderes nacionais como Ratinho, Zema, Tarcísio e Caiado, como referências. Ele defende uma mudança no atual sistema político, acreditando que é hora de "acordar" e não continuar pelos erros do passado.
“A direita é patrimônio de todo o brasileiro. Para mim, os líderes da direita são: presidente Bolsonaro, Ratinho, Zema, Tarcísio e Caiado, esses são os líderes nacionais. Não é possível que o país continue neste caminho e só continua pelos erros de quem lidera a política brasileira. Está na hora de todos acordarem, por isso, estou como prefeito reeleito e pré-candidato ao Governo de Santa Catarina, de uma maneira contra o sistema. Não me alio mais a ninguém que pratica a política não de aliança de política de Estado ou de país, mas o aglomeramento em torno de poder”, disse João.
Com a colaboração de Gilmar Bortese.