Não há nada que assuste mais os políticos do que povo na rua e opinião pública mobilizada. Foi exatamente isso que se viu no sepultamento da chamada PEC da Blindagem, um projeto que escancarava privilégios e criava uma divisão inaceitável entre duas castas: de um lado, políticos; de outro, a plebe.
É verdade que parte dos argumentos vinha da insatisfação com os excessos do Supremo Tribunal Federal. Mas a forma como o texto foi construído ignorava princípios básicos de transparência, moral e ética. A proposta, felizmente, tombou no Senado, rejeitada por unanimidade na Comissão de Constituição e Justiça e, depois, na mesa diretora.
A mudança de posição do senador Jorge Seif (PL) na última hora foi emblemática. Manter apoio a uma proposta tão descolada do discurso de “moral e bons costumes” seria um contrassenso. Já Esperidião Amin (PP) foi direto ao apontar os pontos mais nocivos: a inclusão de presidentes de partido, o voto secreto e a generalização da cobertura da PEC – que poderia blindar não só crimes ligados ao mandato, mas até práticas de banditismo.
A gênese da proposta também revela sua essência: apresentada em 2021, ressurgiu agora, aproveitando o clima de tensão política e jurídica. Um equívoco. Se aprovada, abriria brechas perigosas para a impunidade, fragilizaria conquistas da sociedade como a Lei da Ficha Limpa e ainda criaria um terreno fértil para o surgimento de novos “deputados da motosserra”, políticos de perfil duvidoso mas com ficha formalmente limpa.
O recado foi dado: quando o povo reage, quando imprensa e redes sociais cumprem seu papel, o Congresso é obrigado a recuar. O efeito cascata de uma PEC tão nefasta seria imprevisível. Felizmente, prevaleceu a voz da sociedade.
Águas Frias sediou na noite desta quarta-feira (24) o evento Rota 22, voltado a ouvir as demandas dos municípios pertencentes a AMOSC. Comandado pelo prefeito Wesley Terribile (PL), o mais jovem do estado, a reunião aconteceu no Clube Ipiranga, com a presença de representantes da direção estadual do Partido Liberal.
Além de um evento político, o intuito do Rota 22 – uma iniciativa do Instituto Álvaro Valle – busca aproximar o partido da população, desenvolver novas lideranças e divulgar as ações dos Governos Jorginho Mello e Jair Bolsonaro (2019/2022).
O Rota 22 percorre nesta semana os municípios do oeste. A programação iniciou em São Miguel do Oeste na segunda (22), chegou a Maravilha dia 23 e ainda passará pelas cidades de Xanxerê (25) e Concordia, nesta sexta (26).
Os primeiros encontros foram avaliados de maneira positiva pelos organizadores, liderados pela Malu Mello e Nara Godoy que acompanham os encontros. O PL comanda 97 prefeituras em Santa Catarina.
O deputado Fabiano da Luz (PT) aproveitou a presença do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD), em Rio dos Cedros, nesta quarta-feira (24), para cobrar a liberação dos Cadastros Ambientais Rurais (CAR) em Santa Catarina. O tema, discutido desde o início do ano, segue sem avanços. O CAR é requisito essencial para que produtores rurais acessem crédito e políticas públicas. Fávaro se comprometeu a agendar reunião em Brasília para debater o assunto e destravar as emissões.
Durante o encontro, o ministro também anunciou negociações avançadas para a abertura de dois novos mercados para a carne suína catarinense: Europa e Equador. Santa Catarina é hoje o maior produtor e exportador do país.
Cerca de 70% das obras do elevado no entroncamento das BRs-282 e 158 já estão concluídas. A expectativa é que a entrega ocorra até o fim deste ano. A obra, orçada em R$38,5 milhões, é conduzida pela Prefeitura de Maravilha e atende a uma demanda histórica da região, marcada pelo alto número de acidentes fatais.
O deputado estadual Mauro De Nadal (MDB) é um dos principais defensores do projeto. Enquanto presidente da Alesc, em 2021, articulou a destinação de parte significativa dos recursos que viabilizaram a obra.