Aeroportos de Santa Catarina necessitarão de R$254 milhões em investimentos até 2044

O diagnóstico está contemplado no Plano Aeroviário de Santa Catarina apresentado nesta terça-feira (04) ao governador 

04/11/2024, 19:50
Atualizado há 18 dias
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Por Fabiano Rambo
Plano Aeroviário de Santa Catarina contempla 19 aeroportos (Foto: Eduardo Valente/Secom)Plano Aeroviário de Santa Catarina contempla 19 aeroportos (Foto: Eduardo Valente/Secom)

Santa Catarina tem tido avanços interessantes no planejamento para detecção das principais demandas para infraestrutura do Estado. Nesta segunda-feira (04), foi apresentado o Plano Aeroviário de Santa Catarina, o qual demonstra a necessidade de investir, pelo menos, R$254 milhões para realizar obras nos equipamentos aeroportuários até o ano de 2044. As demandas foram classificadas como de curto, médio e longo prazos.

O documento elaborado pela Secretaria de Portos, Aeroportos e Ferrovias iniciou sob a gestão do atual senador Beto Martins (PL) que a pedido do governador Jorginho Mello (PL) elaborou o diagnóstico para o setor, apoiado pelo LAB Trans da UFSC. O último plano era de 1989 e mencionava empresas áreas hoje inexistentes, como VASP e VARIG, ambas falidas.

Há tempo, o tema aeroportos e aviação regional não era discutido com profundidade. Depois da criação da Secretaria de Portos, Aeroporto e Ferrovias (SPAF), foram incorporadas novas estruturas ao radar do Estado, legalizados e criados, junto a ANAC, pistas em vários municípios, a exemplo de Pinhalzinho que recebeu R$8 milhões em convênio com a SPAF para asfaltar e criar infraestrutura para permitir a operação de voos, por ora, de pequeno porte.

O Plano Aeroviário de Santa Catarina contempla 19 aeroportos. Caçador e Correia Pinto foram classificados como Regionais. Os aeroportos de Joaçaba e São Miguel do Oeste receberam a classificação de Regionais de pequeno porte.

O de Dionísio Cerqueira foi classificado como Complementar e o de São Joaquim como Turístico. Foram classificados como Locais os aeroportos de Blumenau, Concórdia, Curitibanos, Forquilhinha, Itapiranga, Lages, Lontras/Rio do Sul, Pinhalzinho, São Francisco do Sul, Rio Negrinho, Três Barras, Videira e Xanxerê.

O Plano Aeroviário deverá ser revisado a cada cinco ano, a fim de garantir que o tema não caia no esquecimento e se atualize conforme o mercado. Santa Catarina precisa olhar com atenção para aviação regional.

Como bem lembrou o governador, o senador Beto Martins e o atual secretario Ivan Amaral, é preciso tratar do tema como Política de Estado porque as potencialidades socioeconômicas de Santa Catarina podem depender bastante da agilidade e segurança que a aviação comercial traz.