O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, defendeu nesta quinta-feira (28) que o PL lance o vereador carioca Carlos Bolsonaro para uma das vagas ao Senado em Santa Catarina e, para a outra, apoie a reeleição do senador Espiridião Amin (PP). A proposta, porém, não conta com o aval da ex-primeira-dama Michele Bolsonaro, que insiste na inclusão da deputada Carol De Toni na chapa.
Nesse cenário, há ainda outro fator pouco considerado: a possível aproximação com o PSD. Na internet — onde tudo ganha terreno — circulam enquetes com diferentes composições para acompanhar Jorginho Mello. Entre os nomes sugeridos estão Topázio Neto (PSD), Júlio Garcia (PSD), Antídio Lunelli (MDB) e João Rodrigues (PSD).
Nos comentários dessas discussões, chama atenção o posicionamento do deputado Sargento Lima, que disparou:
“Esse centrão que só sabe negociar ministério com o PT tem mais é que sangrar pelo nariz.”
Apesar da resistência de parte do PL a uma aproximação com o PSD, o governador já sinalizou abertura e chegou a convidar integrantes do partido para a vaga de vice. Ainda assim, Jorginho não deu espaço, até agora, para que João Rodrigues, prefeito de Chapecó, seja lançado como candidato ao Senado.
O cálculo é simples: se Jorginho optar por caminhar com União Progressistas e PSD — representados por Amin e Rodrigues — não haverá espaço para Carol De Toni, tampouco para Carlos Bolsonaro. O desafio será convencer a deputada a permanecer na Câmara Federal, mesmo sabendo que sua candidatura ao Senado já está bem encaminhada no campo da direita catarinense.
Economia – O Brasil e as tarifas com os Estados Unidos
O presidente da Fiesc, Gilberto Seleme, é enfático: antes de aplicar a reciprocidade de tarifas contra produtos americanos, o Brasil precisa esgotar todas as formas de negociação com os Estados Unidos. O presidente Lula já autorizou um estudo sobre o tema.
A Confederação Nacional da Indústria (CNI), acompanhada por representantes da Fiesc, organiza uma missão a Washington para aproximar empresários brasileiros e americanos em busca de uma revisão da política tarifária. O grupo de empresários embarca no fim de semana para a reunião na segunda-feira (01). O argumento é direto: todos perdem. Os americanos, que pagarão mais caro pelos produtos, e o Brasil, que deixará de exportar milhões de dólares.
Seleme tem clareza na leitura: “o problema não é econômico. É político e ideológico”. Há uma expectativa, compartilhada pelo presidente da Fiesc, sobre novidades até o fim da próxima semana sobre o tema.
Portanto, presidente: agora não é hora de provocações.