Consultoria apresenta primeiro diagnóstico do Hospital de Regional de Chapecó
Reunião da Bancada do Oeste com a secretária Carmen Zanotto foi importante para nortear melhorias no atendimento à população
A Bancada do Oeste da Assembleia Legislativa, num gesto importante para a região, convocou reunião nesta terça (23) para discutir alternativas para sanar a crise no Hospital Regional do Oeste. A principal casa de saúde que atende a macrorregião de Chapecó que compreende 130 municípios e mais de 1,3 milhão de habitantes.
O HRO, hoje, é administrado pela Associação Lenoir Vargas Ferreira. A novidade apresentada na reunião da bancada com a presença da secretária de Estado da saúde, Carmen Zanotto, é a mudança do contrato, antes com a prefeitura de Chapecó que agora passará a ser com o governo catarinense.
O primeiro passo para o melhor aproveitamento do potencial do Regional foi dado. Uma consultoria com integrantes do Hospital Santo Antônio, de Blumenau, está atuando junto ao HRO para levantamento de informações e apresentação de alternativas para viabilizar os procedimentos de saúde na região.
O HRO é responsável por todo o atendimento público de alta complexidade na macrorregião, mas também tem desafios enormes no Pronto Socorro que serve de porta de entrada, especialmente para os moradores da Capital do Oeste.
Atualmente, o HRO possui 306 leitos, atende cerca de 93% pelo Sistema Único de Saúde, e realizou 209.661 mil atendimentos em 2023. Também nesse ano, recebeu R$ 54,5 milhões do Governo do Estado para atender e não deixar desassistidos os pacientes da região, de acordo com balancetes apresentados pelo hospital.
Há cerca de dois anos, o HRO enfrenta dificuldades financeiras consideráveis, com déficits de caixa bastante recorrentes, com suas despesas superando e muito as receitas. O Estado transmite, mensalmente, R$1,5 milhão para a associação que administra o hospital.
Por sua vez, a Lenoir Vargas Ferreira informa que o aumento de custos recorrentes da pandemia do COVID-19 leva a casa de saúde a prejuízos mensais da ordem de R$5 milhões até R$6 milhões mensais.
Os primeiros dados apresentados pela consultoria são bastantes interessantes. Alguns que revelam oportunidade de melhoria considerável, a exemplo do tempo de internação no HRO, cuja média é 5, 6 dias e em outras casas de saúde não passam de três. Na prática, quanto mais tempo o paciente leva para se recuperar, maior é o custo para o Estado. Eficiência e eficácia precisam estar presentes também na área de saúde. Afinal, os recursos são limitados.
A Bancada do Oeste é composta pelos deputados Luciane Carminatti (PT), Altair Silva (PP), Fabiano da Luz (PT), Jair Miotto (União), Marcos Vieira (PSDB), Massocco (PL), Mauro de Nadal (MDB), Neodi Saretta (PT) e Padre Pedro (PT). A coordenação do maior grupo parlamentar da Alesc, neste ano de 2024, é da deputada Luciane.