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O cooperativismo de crédito ganha força no mercado financeiro. Em 2022, o Sistema o Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC) cresceu 28,6%, alcançando R$590 bilhões, dos quais R$383 bilhões em empréstimos. Hoje, mais de 55% dos municípios brasileiros contam com atendimento de uma cooperativa de crédito. São mais de 15,6 milhões de cooperados, os donos da organização.
O cooperativismo tem fortes raízes no Sul do Brasil. Mais de 50% da população é vinculada a uma cooperativa. Em Santa Catarina, são mais de 3 milhões de associados, somente no crédito que movimentaram mais de R$15,4 bilhões, empregando mais de 16 mil pessoas. Não há dúvidas que o Estado é o mais cooperativista do país.
As cooperativas promovem o desenvolvimento endógeno. Ou seja, move as forças locais a gerarem empregos e renda, com melhoria substancial nas organizações que compõe os municípios. O maior é exemplo, além da capilaridade da presença das organizações, é a participação na oferta de crédito para as micro e pequenas empresas. Carteira que cresce a cada ano. Em 2022, o SNCC participou com 56% das suas operações para estes segmentos.
Ainda há espaço para o crescimento do cooperativismo de crédito. O market share do SNCC na carteira de pessoa física de menor risco – que tende a menor inadimplência – em abril de 2023 foi de 5,8%. É pouco frente aos demais bancos comerciais e múltiplos, sejam eles públicos ou privados que detém mais de 80% do mercado financeiro. Porém, é uma oportunidade que os diversos sistemas (Sicoob, Sicredi, Cressol, Unicred, etc) têm se aproveitado. Enquanto os bancos tradicionais fecham agências e em muitos locais se afastam do seu público, a cooperativa chega mais perto.