Crescimento da indústria pinhalense está passando pelas mãos de venezuelanos
Só neste ano, 297 imigrantes da Venezuela foram contratados formalmente em Pinhalzinho
A imigração da Venezuela tem se mostrado importante para o crescimento da indústria catarinense e da região. Levantamento do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), aponta que só neste ano de 2024 foram efetivados 15.133 venezuelanos, até o mês de setembro.
No Estado, o crescimento foi de 53%. Na prática, o aumento da força de trabalho, especialmente na indústria, depende quase exclusivamente de mão de obra de imigrantes.
Pinhalzinho, no Oeste, por exemplo, efetivou 297 venezuelanos neste ano. Deste total, 283 foram para indústria. O acumulado do ano no município é de 702 vagas novas criadas.
É constante o reclame dos empresários da falta de mão de obra, especializada ou não. Para constar, Pinhalzinho tem cerca de 1.500 venezuelanos cadastrados na Assistência Social; e o crescimento foi de 107% nas contratações formais destes.
Hoje, cerca de 30% da mão de obra de pelo menos duas das maiores indústrias é da Venezuela. E, ainda sobram vagas de emprego no município.
Chapecó é outro exemplo do crescimento da dependência da migração para fortalecimento da mão de obra industrial. Neste ano, o município efetivou 2.011 imigrantes. No ano passado inteiro, foram contratados formalmente 2.083. Ou seja, até o fim de 2024 o número de assalariados com carteira assinada deverá ser ainda maior, puxado especialmente pela indústria.
A Federação das Indústrias de Santa Catarina, desde 2018, tem promovido campanhas de contratação de imigrantes venezuelanos. Até 2023, o Estado recebeu mais de 24 mil venezuelanos, considerado um dos destinos mais importantes e prestigiados no Brasil.
O Oeste tem sido destaque, especialmente Chapecó pela grande oferta de vagas na agroindústria.