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Garantir que a Celesc continue pública e preste um relevante serviço para a sociedade catarinense. Este são objetivos da audiência pública proposta pelo deputado Fabiano da Luz (PT), aprovada no plenário nesta quarta-feira (26). O debate está agendado para 9 de abril, às 10h, no auditório Deputada Antonieta de Barros, no Palácio Barriga Verde, em Florianópolis. A intenção do parlamentar é convidar funcionários, a direção da empresa e representantes do governo.
Da Luz considera fundamental manter a empresa como pública, em virtude, não somente dos resultados financeiros que oferece aos investidores, mas também pela relevância social. Segundo ele, Santa Catarina tem uma das menores tarifas de energia elétrica do país e uma empresa pública rentável.
“A audiência pública é basicamente para ouvir funcionários, gestão, investidores e governo para saber quais são seus projetos futuros, garantindo que tenha sucesso”, afirma.
A preocupação do deputado é com algumas declarações do presidente da companhia de que o futuro da Celesc seja a privatização, na contramão da fala do governador Jorginho Mello (PL) que garante que a instituição continuará pública e de orgulho dos catarinenses.
“Estar atento em manter a empresa como pública e prioridade, porque é exemplo pro Brasil”, observa.
Governança
A Celesc, segundo o último boletim de informe de resultados, do terceiro trimestre de 2024, mostrou um lucro líquido de R$76,1 milhões, com índice de interrupções em 4,1, abaixo do limite anual estipulado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), de 7,28. Hoje, a companhia está presente em 285 municípios, com 258 lojas de atendimento.
Na decomposição societária da empresa, 50,18% das ações ordinárias são do Governo do Estado, representando 20,2% do capital total, controlando a gestão da companhia, com capacidade de indicar o presidente e alguns diretores.
Por outro lado, Santa Catarina não detém ações preferenciais, as quais estão na carteira de investimentos da EDP Energias, Eletrobrás, Celos, GF Lpar, Alaska Poland e outros.
A EDP Energias detém 29,9% do Capital Total. Só não indica o presidente porque a maioria das suas ações visam o resultado financeiro.