Deputados aprovam incentivo para produtor implantar as suas custas rede trifásica
O plano da Celesc é construir 1.500 km de redes até 2026. Deputados consideram número baixo o número
A ampliação do fornecimento de energia elétrica trifásica para a agricultura catarinense se mostra um desafio para a Celesc. Durante o Alesc Itinerante em Chapecó, foi aprovado o PL 349/2020 que estabelece um auxílio financeiro para os produtores rurais que promoverem a adaptação da instalação elétrica de suas propriedades ao sistema trifásico de energia.
O valor investido pelo produtor pode retornar em crédito na fatura. Na prática, o proprietário rural faz a adequação na rede e depois recebe por meio de incentivo o investimento de volta. A matéria de autoria do deputado Altair Silva (PP) ainda precisa ser sancionada pelo governador Jorginho Mello (PL).
O projeto é uma resposta a demora da Celesc em avançar na ampliação da rede trifásica. Durante a reunião da Bancada do Oeste em Chapecó, o diretor de distribuição da companhia, Claudio Varella, destacou que a meta do Governo do Estado e da Celesc é fazer cerca de 500 km de redes anualmente.
Os primeiros 500 km deverão ser concluídos até o início de dezembro deste ano. Até 2026, a meta é superar 1.500 km de cabos. Altair Silva considera pouco o número, dada a necessidade, demanda e tamanho do Estado de Santa Catarina.
“Só um município, como Chapecó, tem necessidade de mais de 500 km de redes”, pontua.
Varella argumenta que a Celesc se esforça na atividade, aperfeiçoando a técnica de implantação, substituindo cabos protegidos, por convencionais, diminuindo o custo e o tempo de instalação.
Recursividade
Além da rede, um outro desafio para Celesc é a falta de energia elétrica, principalmente em regiões mais interioranas que frequentemente são assoladas pelo clima, com a queda de árvores sobre a rede, interrompendo o fornecimento elétrico.
O diretor informa que a Celesc tem cerca de 900 alimentadores espalhados pelo Estado e quer ampliar o percentual de recursividade para as regiões atendidas pela companhia. A ideia é: quando uma linha for interrompida, outra fonte assuma totalmente ou parcialmente o fornecimento de energia para aquela localidade.
Hoje, cerca de 40% da rede tem essa possibilidade. A intenção é ampliar até chegar a 80% em 2026.