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Fabiano Rambo

É sem volta a candidatura de João Rodrigues

Prefeito faz discurso duro: “ou você é aliado do governador, ou não recebe recursos”

12/09/2025, 14:00Atualizado há 1 dia
É sem volta a candidatura de João Rodrigues
Encontro Estadual do PSD foi realizado em Balneário Camboriú (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

Depois do encontro do PSD em Balneário Camboriú, nesta quinta-feira (11), não restam dúvidas: a candidatura de João Rodrigues ao Governo do Estado em 2026 está sacramentada. O prefeito de Chapecó saiu do palco não apenas como pré-candidato, mas como o nome que desafiará o atual governador Jorginho Mello (PL).

O clima foi de enfrentamento direto. Rodrigues acusou o governador de usar a máquina pública como arma política, discriminando prefeitos e lideranças que não rezam na cartilha governista.

“Nesse Estado, ou você é aliado do governador, ou não recebe recursos. Se tirar uma foto ao meu lado, perde um convênio”, disparou, em tom de denúncia.

A declaração enterra qualquer possibilidade de aproximação entre PSD e PL na disputa estadual. Ao lado de Rodrigues, o presidente nacional do partido, Gilberto Kassab, reforçou o endosso: “Se Santa Catarina for governada por João Rodrigues estará em excelentes mãos”.

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A eleição contra o sistema

Mais que atacar o governador, João Rodrigues posicionou-se como o candidato da ruptura. Sem meias palavras, descreveu a política catarinense como um terreno dominado por um “sistema” que compra apoios e distribui cargos em troca de obediência.

“Sistema que copta pessoas, compra pessoas, faz ofertas bilionárias para prefeitos, para deputados, para partidos. A gente promove uma reunião de manhã, eles se reúnem na noite anterior, ofertam absolutamente tudo para que as pessoas não venham. Alguns até não vem. Mas o povo vem e a demonstração está aqui na noite de hoje”, pontuou Rodrigues.

Malas prontas?

A plateia não foi composta apenas por apoiadores históricos. A presença dos deputados estaduais Nilson Berlanda e Carlos Humberto chamou a atenção e levantou rumores. Ambos são cortejados pelo PSD e podem trocar de legenda para se alinhar a Rodrigues.

Carlos Humberto, próximo da anfitriã Juliana Pavan, enfrenta desafetos dentro do PL. A dúvida agora é se o movimento de bastidores vai se transformar em rompimento aberto. Estão de malas prontas?

Relação com o MDB

Outro ponto estratégico foi a aproximação com lideranças emedebistas. Entre os presentes, os ex-deputados Luiz Fernando Vampiro e Moacir Sopelsa, dois nomes fortes do MDB. Vampiro já mira uma vaga na Câmara Federal e sua filiação ao PSD é tratada como questão de tempo.

No entanto, o MDB mostra fraturas regionais: enquanto lideranças do Oeste e do Sul flertam com o projeto de Rodrigues, no Norte o partido ainda se mantém próximo do governador Jorginho Mello.

Quem é mais Bolsonaro?

Em 2026, a corrida pelo governo também terá um ingrediente explosivo: a disputa pela herança política de Jair Bolsonaro. Tanto Jorginho Mello quanto João Rodrigues querem ostentar a bandeira de “mais bolsonarista”.

Nesta quinta (11), o STF condenou Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado. Nas redes, Jorginho saiu em defesa do ex-presidente, chamando a decisão de “uma denúncia sem provas, um réu condenado antes mesmo do julgamento”.

Já Rodrigues evocou seu passado como aliado de Bolsonaro na Câmara Federal, lembrando que foi ele quem “apresentou o capitão a Santa Catarina”. Em sua fala, combinou lealdade e crítica: defendeu o ex-presidente, mas fez questão de pregar o fim do extremismo.

“As pessoas estão cansadas. Não querem mais ódio, querem discutir saúde, infraestrutura, fome. O que vemos hoje é só lacração nas redes sociais”, reforçou.