“Fomos o único partido que não sentou para conversar com o MDB”

O comentário é do vice-prefeito e presidente do PSD de Pinhalzinho, Neuro Ozelame sobre os bastidores da política municipal

23/10/2023, 19:46
Atualizado há 7 meses
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Por Fabiano Rambo

Estamos a menos de um ano das eleições municipais de 2024. Diferente de outros anos e dado o contexto, a discussão e as fofocas de bastidores estão bastante acirradas em Pinhalzinho. Fortalece a atual conjuntura o término de um ciclo de oito anos em que o município é dirigido pelo tucano Mário Afonso Woitexem, eleito em 2016, numa votação apertada (211 votos) contra Ladir Cassol (MDB), mas reeleito com ampla diferença de votos (1.556) sob César da Silva (MDB).

Na última sexta-feira (20), o Movimento Democrático Brasileiro fez um evento político, com a presença do presidente da Alesc, deputado Mauro de Nadal, marcado por filiações, endossadas pelo parlamentar. O MDB está no divã: não sabe se mantém a coligação com o PT que já dura 30 anos ou parte para um voo solo ou acompanhado de outras agremiações, mais relacionadas a direita. O MDB de Pinhalzinho terá de decidir essa posição para, inclusive, manter e agregar algumas lideranças, as quais não mais nutrem grande apreço pelo antigo parceiro de eleições municipais.

É de se reconhecer que o MDB busca uma oxigenada, com novas aquisições. E na Câmara Municipal, em algumas votações, MDB e PT já começam a dar sinais deste distanciamento.

 

Repercussão

 

Nas redes sociais, emedebistas e muitos antigos manda-brasa comemoraram o evento de sexta (20) e em algumas postagens já davam a entender uma possibilidade de coligação com PSD, do vice-prefeito Neuro Ozelame. Nos bastidores da coligação que governa Pinhalzinho, a coisa ficou indigesta e o burburinho rendeu especulações diversas. Entretanto, Neuro quando procurado pela coluna foi direto ao ponto: “fomos o único partido que não sentou para conversar com o MDB”.

Neuro que é pré-candidato a prefeito pelo PSD, ao lado de outras lideranças, como o ex-prefeito Anecleto Galon (ex-PP), Nilson Gosh (ex-PL), Fabrício Fontana (ex-Podemos) e Roberto Lorenzon, articulam o fortalecimento de seus nomes.

Por outro lado, João Rodrigues, prefeito de Chapecó e ex-prefeito de Pinhalzinho, expoente influente da política em Pinhalzinho, falou na RCO recentemente de seu desejo de manter a coligação.

Não há dúvida, a eleição na Capital da Amizade começou cedo demais.