GT deve pleitear criação de um Plano Estadual de Logística de Transportes (PELT)

Colegiado esteve reunido esta semana e definiu como prioridade a ampliação da rede férrea catarinense

17/10/2023, 19:06
Atualizado há 7 meses
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Por Fabiano Rambo

 

A primeira reunião do Grupo de Trabalho (GP) criado pela Secretaria de Portos, Aeroportos e Ferrovias definiu por pleitear junto ao Governo do Estado a criação de um Plano Estadual de Logística de Transportes (PELT).  A necessidade é iminente para Santa Catarina, dada a importância econômica de todas as regiões. O GT foi designado pela Portaria 13/2023, assinada pelo governador Jorginho Mello e prevê a participação de vários segmentos como a Secretaria de Articulação N, Codesul, Fazenda, Infraestrutura (SIE), FACISC, FIESC, Rumo, FTC, Porto de São Francisco do Sul, Porto de Imbituba, Portonave e Porto Itapoá.

Um escopo sobre a proposta de um novo PELT será aprimorado para ser levado à Infra SA, empresa pública ligada ao Ministério da Infraestrutura, e especializada em projetos desta área. O secretário Beto Martins espera na próxima reunião a participação de representante o Governo Federal para alinhar as necessidades.

A Secretaria de Portos, Aeroportos e Ferrovias é nova no contexto catarinense e já tida como case nacional. O próprio Governo Federal, no Governo Lula, criou o Ministério de Portos e Aeroportos, onde ambas estruturas devem estar alinhadas pelas finalidades e necessidades.

Ferrovias

O secretário Beto Martins, durante sua presença na Mercoagro em Chapecó, no mês de setembro, anunciou a contratação de R$31,5 milhões em projetos para viabilizar duas ferrovias. Uma que liga Chapecó a Correia Pinto e outra Navegantes a Araquari, num total de 381 quilômetros. A expectativa para entrega dos planos básico e executivo é outubro de 2024. A última ferrovia implantada no Estado foi em 1969. Desde então, nem um metro de trilho foi ativado. E, muito pelo contrário, vários foram abandonados. Segundo o secretário Martins, Santa Catarina tem cerca de 800 quilômetros de vias para trens inativados.

O Oeste Catarinense, quando o assunto é ferrovia, não credita muita expectativa. Nas duas décadas passadas, o tema foi de constante apresentação e debate no meio político. Inclusive, audiências públicas para definir a passagem do trem foram realizadas. Um engodo total porque são estudos técnicos que permeiam decisões desta natureza e não a vontade de políticos.

Quanto a iniciativa atual do governo catarinense, creio esta merecer crédito. Entretanto, não será simples, nem rápida a presença dos trilhos de trem em Chapecó. Se percebe boa vontade do secretário e sua equipe para que em alguns anos o apito possa soar por aqui.