Rádio Centro Oeste

João Rodrigues faz discurso de gestor e lança projeto suprapartidário para SC

Presidente da Alesc, Júlio Garcia, sugere Clésio Salvaro de vice

06/06/2025, 13:59
Atualizado há 1 dia
WhatsappFacebookTwitterTelegram
https://cloudrco.com/rcoeleicoes/a92f676e23820ebfa4d2d25cb7cda74177863190.jpeg
Por Fabiano Rambo
João Rodrigues foi recepcionado por mais de 4 mil pessoas em Criciúma (Foto: Reprodução/Internet)João Rodrigues foi recepcionado por mais de 4 mil pessoas em Criciúma (Foto: Reprodução/Internet)

O prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD) definiu o discurso de campanha: quer mostrar seu potencial como gestor e vender um “projeto para o Estado”. Em síntese, busca, neste momento, apoio suprapartidário – inclusive de agremiações que compõe o Governo do Estado – para criar um ambiente político favorável ao entorno de sua pré-campanha.

No encontro regional em Criciúma que reuniu cerca de quatro mil pessoas, provindas de várias regiões do estado, o tom foi unanime: não há Plano B para o PSD. João Rodrigues está candidato ao Governo de Santa Catarina.

Mesmo ausente fisicamente, Gilberto Kassab, presidente nacional da sigla, deixou clara a intenção do partido em âmbito de estado de concorrer contra Jorginho Mello (PL). Jorge Bornhausen – um ícone do antigo PFL- também, em vídeo manifestou seu apoio ao projeto de Rodrigues.

É um ponto final em especulações de divisão dos caciques do partido, seja em âmbito de estado ou nacional. Somente percebeu-se a ausência do ex-governador Raimundo Colombo e de Topázio Neto, prefeito de Florianópolis que ainda anseia num acerto com o PL e Jorginho Mello

União Brasil, Progressistas e MDB no palanque

A ideia de projeto ancorado em pessoas e não em partidos adotado pelo pré-candidato foi reforçada com a presença dos deputados estaduais Pepê Colaço (PP), Sergio Guimarães (UB) e federal Luís Fernando Vampiro (MDB), além da presença do ex-governador Eduardo Pinho Moreira (MDB).

No caso do União Progressistas a tomada de decisão será mais simples. PSB e União Brasil estiveram juntos em 2022, quando Gean Loureiro (UB) e Eron Giordani (PSD) formaram chapa. Hoje, os deputados estaduais mostram alinhamento. Foi a primeira vez que Sergio Guimarães declara apoio publicamente ao prefeito de Chapecó.

Outro fato que contribui é a recente manifestação da família Bolsonaro em colocas à disposição Carlos Bolsonaro para concorrer ao senado por Santa Catarina, ao lado de Carol de Toni (PL). Em outras palavras, não haverá espaço para Esperidião Amin neste contexto.

O MDB que tem três secretarias dentro do Governo de Jorginho Mello (PL) está dividido. Parte sente apreço ao projeto de João Rodrigues e outra sente-se atraída pela vaga de vice na chapa com o atual governador.

Alinhar o partido – hoje – tende a ser mais complicado. Entretanto, as convenções partidárias acontecem daqui a um ano. Ou seja, tem tempo para tomar qualquer decisão, seja desembarcar do governo e apoiar João Rodrigues ou fortalecer Jorginho Mello.

Clésio, vice de João?!

Uma das falas mais emblemáticas em Criciúma foi do presidente da Alesc, Júlio Garcia. Excelente articulador, figura importante nos bastidores da composição eleitoral, o parlamentar sugeriu o ex-prefeito Clésio Salvaro como vice de João Rodrigues. Essa especulação havia em 2022, porém não se concretizou. De ultima hora, Salvaro preferiu ficar fora do pleito, acontecendo o mesmo com Rodrigues.

Hoje, a situação é diferente. Salvaro tem forte apelo no sul. Basta observar a presença de público em Criciúma nesta quinta (5). Salvaro está à disposição. Porém, uma disputa em chapa pura (PSD-PSD) pode não dar o engajamento político desejado.

Salvaro pode ir para o Progressistas ou União Brasil para compor? É possível, mas não há convite – neste momento – para isso. 

João quer aliados além do PSD

A pré-campanha de João Rodrigues começou com força e estratégia clara: ocupar o vácuo da oposição a Jorginho Mello com discurso técnico e pragmático. Com apoio explícito de lideranças estaduais e nacionais, o prefeito de Chapecó surge como a principal alternativa fora do PL.

O desafio agora é consolidar alianças, atrair quadros de peso e vencer a disputa interna por protagonismo nos partidos do centro político. A corrida mal começou – mas João já deixou claro que não entrou apenas para marcar presença.

Ouça ao vivo