João Rodrigues propõe censo para beneficiários do Bolsa Família
Prefeito se mostra indignado com o número de beneficiários do programa quando comparado às vagas de trabalho abertas

Depois do programa de internação involuntária e o trabalho em busca da redução de moradores de rua em Chapecó, o prefeito João Rodrigues anuncia um censo ou pente-fino na população beneficiada por programas sociais do Governo Federal.
Uma medida semelhante foi tomada pelo prefeito de Bento Gonçalves (RS), Diogo Siqueira (PSDB) que viralizou nas redes sociais há cerca de uma semana mostrando uma busca ativa por cadastrados no Bolsa Família, oferecendo oportunidades de emprego.
Rodrigues vai pelo mesmo caminho e mais além. Em entrevista nesta manhã aos colegas da Rádio Chapecó, o prefeito se mostra indignado com a situação: grande oferta de trabalho nas empresas do município e o número de beneficiados por programas sociais.
Em fevereiro deste ano, a prefeitura já havia feito um pente fino nesta parcela de população, reduzindo de 7.128 beneficiados para cerca de 5.000, somente com ação de verificação de enquadramento. O prefeito quer fortalecer este trabalho e fazer um censo, uma contagem apurada dos usuários dos programas sociais. Trazer o número para cerca de 3.000, nas suas contas.
“Não é uma questão de tirar o benefício, mas de garantir que ele vá para quem realmente precisa. Isso muda muito a vida das pessoas, pois, muitas vezes, quem recebe o Bolsa Família não está no mercado formal de trabalho”, pontua.
A linha de pensamento de Rodrigues e Siqueira converge na linha: “o melhor programa social é o trabalho”. Com a crescente oferta de oportunidades, soa desconexa a não diminuição do número de beneficiários do Bolsa Família, por exemplo.
O programa social é considerado uma política pública transitória. Ou seja, de participação por um período. Para se tornar permanente, muitos dos usuários da Assistência Social tem burlado a legislação e se mantido na informalidade. Portanto, longe de empresas que necessitam de mão de obra e mantêm trabalhadores registrados (CLT).
Hoje, o teto do Bolsa Família, por exemplo, está em cerca de R$1.800. Evidente que nem todos recebem esse valor. Entretanto, uma varredura se torna interessante para que esta parcela de população tenha maior acesso a qualificação profissional e, até mesmo, ascensão social, objetivo das políticas públicas transitórias.