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Jorginho busca com a reforma administrativa diminuir tensões dentro do governo

Novos secretários devem ser empossados nesta semana 

21/01/2025, 17:55
Atualizado há 2 meses
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Por Fabiano Rambo
Jorginho busca com a reforma administrativa diminuir tensões dentro do governo (Foto: Roberto Zacarias/Secom)Jorginho busca com a reforma administrativa diminuir tensões dentro do governo (Foto: Roberto Zacarias/Secom)

A reforma administrativa proposta pelo governador Jorginho Mello (PL) busca, além de oxigenar a segunda metade do mandato, uma reaproximação com o deputado estadual Carlos Humberto (PL) e Jorge Seif (PL). Ambos tiveram desencontros com o governador durante o período eleitoral municipal.

Carlos Humberto foi preterido por Jorginho no pleito em Balneário Camboriú, em favor do ex-prefeito Fabrício Oliveira (PL) que indicou Peeter Grando (PL) que foi derrotado por Juliana Pavan (PSD). Carlos Humberto abertamente fez campanha para a candidata do PSD, por desgosto com a decisão. Desde então, o deputado estadual tem mantido certa distância do governador.

O caso de Seif tem mais relação com sua esposa, Catiane, secretária adjunta do turismo. Com a saída de Evandro Neiva do comando da pasta, Jorginho esperava indicar Fabrício Oliveira para o cargo, estremecendo a relação com o senador que esperava a indicação de sua esposa. Jorginho cedeu e Catiane será a titular.

Ao tirar Oliveira do primeiro escalão do governo, Jorginho busca melhorar a relação com Carlos Humberto. Fabrício será convidado a ajudar a dirigir o Republicanos, onde o governador tem total apoio e controle. Entretanto, a divergência de opiniões entre o ex-prefeito de Balneário Camboriú e o deputado ainda não deve ter fim tão cedo. Mesmo no Republicanos, Fabrício Oliveira deve buscar uma cadeira na Alesc em 2026, rivalizando no território com Carlos Humberto.

Ex-prefeitos e novos secretários

Beto Martins que por quatro meses esteve no Senado Federal, na cadeira de Ivete da Silveira (MDB), deve voltar à Secretaria de Portos, Aeroportos e Ferrovias, mantendo Ivan Amaral como adjunto. Na saúde, Diogo Demarchi efetiva-se no cargo, tendo como adjunta a ex-prefeita de Vargem, Milena Lopes (PL). Mário Hildebrant (PL), ex-prefeito de Blumenau, comandará a Defesa Civil. Nada mais justo, Hildebrant tem experiencia de sobra quando esse é o tema. O atual secretário, coronel Fabiano de Souza, vai voltar ao comando dos Bombeiros. Adeliana Dal Pont (PL), ex-prefeita e candidata não eleita em São José, vai para Secretaria da Assistência Social, Mulher e da Família.

E o MDB?!

Desde o fim do ano passado, o governador Jorginho Mello busca aumentar a participação do MDB no governo. Houve vários momentos de conversa. Em alguns momentos percebeu-se evolução, ao ponto de Jorginho anunciar publicamente a presença do deputado Antídio Lunelli (MDB) como secretário de agricultura. Não se concretizou. Entraves surgiram. O governador ofereceu ao presidente da sigla, deputado federal, Carlos Chiodini, a Secretaria de Meio Ambiente. Algo muito aquém do tamanho do MDB e da importância para o parlamentar deixar uma cadeira conquistada nas urnas em Brasília.

Desde então, a conversa esfriou. Especula-se nos bastidores e imprensa, buscando explicações ou alternativas para o ingresso do partido com maior participação no governo. Porém, restam poucas vagas e oportunidades. Exceto se Jorginho Mello abrir mão de secretárias mais estratégicas, ocupadas pelo PL, a exemplo da Casa Civil. Caso contrário fica como está. O deputado licenciado, Jerry Comper (MDB), permanece na secretaria de infraestrutura.

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