O convite feito pelo Governo da Espanha ao deputado estadual Mauro De Nadal (MDB) para palestrar na IX Cúpula Global da Aliança para o Governo Aberto, em Vitoria-Gasteiz, não é apenas um gesto diplomático. É, sobretudo, um reconhecimento internacional ao esforço de modernização e transparência conduzido na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) entre 2023 e 2024. O evento será realizado entre os dias 7 e 9 de outubro, na Espanha.
Enquanto muitos ainda veem a política como uma instituição distante da vida cotidiana, a Alesc mostra que é possível transformar essa percepção. Na cúpula, o deputado catarinense apresentará duas iniciativas que já deixaram marcas visíveis no Parlamento: as Bancadas Regionais e o Alesc Itinerante. Ambas são mais do que projetos administrativos — são sinais de um novo jeito de pensar o Legislativo, mais próximo das comunidades, mais atento às demandas locais e mais comprometido com a transparência.
As Bancadas Regionais, ao reorganizar os deputados conforme seus territórios de atuação, trouxeram representatividade real às discussões, tornando o planejamento legislativo mais equilibrado e conectado à diversidade catarinense. Já o Alesc Itinerante ousou sair da zona de conforto: ao levar sessões e debates oficiais para diferentes municípios, colocou a Assembleia frente a frente com a população, promovendo um diálogo que fortalece tanto a democracia quanto a confiança no Parlamento.
É significativo que essas práticas ganhem espaço em um encontro que reunirá representantes de quase 100 países para debater o futuro das instituições democráticas. Em um cenário global marcado por crises de confiança e desafios às democracias, a experiência catarinense aparece como um exemplo de inovação possível — e, mais do que isso, replicável.
Ao ocupar a tribuna no painel “Repensando Parlamentos e Governos: Rumo a um Estado Aberto”, no dia 9 de outubro, Mauro De Nadal não representará apenas a Assembleia Legislativa de Santa Catarina, mas também a ideia de que o Brasil pode contribuir ativamente para a agenda mundial de governos abertos. E essa é uma conquista que merece ser valorizada: quando a política se abre para ouvir, dialogar e se reinventar, ganha a sociedade inteira.