O agro não é POP! O agro é raiz!

Antes de falar, conheça o agricultor e sua realidade

28/07/2023, 12:41
Atualizado há mais de 1 ano
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Por Fabiano Rambo
O agro é Raiz (Foto: Ivan Carlos de Paula/DALL-E)O agro é Raiz (Foto: Ivan Carlos de Paula/DALL-E)

Hoje dia 28 de julho comemora-se o Dia do Agricultor. Profissão nobre, importante, relevante e antiga. Foi através da agricultura que o homem deixou de ser nômade para fixar-se em algum lugar e criar raízes. A importância desta comemoração é inquestionável, seja pelo viés econômico ou social. E, para os catarinenses, onde muitos possuem vínculo com a terra e a produção, a data tem um significado ainda mais especial.

A agricultura representa em Santa Catarina R$ 61,4 bilhões no movimento econômico. De todas as propriedades rurais, 78% são relacionadas a agricultura familiar, com uma média de 12hs por propriedade. Em 2022, apenas a soma do valor da participação da produção de suínos (20,1%), de frangos (15,9%), de leite (12,9%) e de bovinos (5,6%) representou por 54,5% do Valor Produção Agropecuária estadual. Na produção agrícola, o principal destaque é a soja, com um valor de produção de R$6,6 bilhões em 2022, inferior apenas aos valores da produção de suínos, de frangos e de leite.

É uma força motriz imparável, exceto se a sociedade virar as costas para essa importância e necessidade. Notadamente, há alguns anos, grupos pontuais e estrategicamente posicionados politicamente atacam o agronegócio. Buscam no viés ideológico a separação entre “agricultura familiar” e “agronegócio”. Uma invenção já desmentida e argumentada por inúmeros pesquisadores de várias vertentes.

Em Santa Catarina, o agricultor familiar é do agronegócio. Usa a terra com sabedoria, tecnologia e busca na inovação aumentos sucessivos de produtividade e está inserido em cadeias de produção complexas. Buscam o lucro, obviamente. Mas, qual o sentido da existência de uma atividade, se ela não é economicamente sustentável ou não permite uma melhoria contínua da qualidade de vida?!

Num desses exemplos que tangem a guerra ideológica contra o agronegócio, recentemente foi apresentada a personagem “Niara”, utilizada também como ilustração para chamar atenção para “tributação de super-ricos no Brasil”. Além dessa proposta, “Niara”, discursa que “o agro é pop, invade terras, envenena os rios e expulsa os povos originários”; “tem crédito a vontade e a juros baixos, não pagam tributos, não distribuem alimentos...”.

São aberrações falaciosas de quem não difere um pé de soja de um pé de feijão. Ou até mesmo de um pé de milho, para ser mais evidente. Entretanto, esse discurso para quem não conhece a realidade do campo e da agricultura, se torna um argumento facílimo de ser defendido, mesmo sendo uma inverdade categórica.

O agro não é POP. O agro é raiz! Feito por gente sem fim de semana e sem direito a férias. Conheça a agricultura e depois fale dela!

Parabéns a todos os agricultores e agricultoras de todo esse país.