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Santa Catarina tem pressa. Esse é o recado do prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD) ao governador Jorginho Mello (PL). A declaração do dirigente chapecoense foi feita em entrevista à Rádio Centro Oeste, no fim de semana. Rodrigues fez uma série de apontamentos de prioridades que tanto Estado quanto Governo Federal precisam dar para a região.
Rodrigues afirma que apoiou e votou em Jorginho Mello no segundo turno por acreditar que seria o melhor para Santa Catarina. Porém, mandou recado direto ao governador: “agora é hora de mostrar ao que veio”, numa referência as obras paralisadas em todo o Estado, as quais os prefeitos aguardam recursos para término ou início.
“Obra parada é prejuízo para o contribuinte, porque a obra parada não é do prefeito, ela é do povo. Sete meses sem pagamento, a empreiteira abandona a obra ou quebra. Se ela abandonar, o município tem que licitar de novo, com custo de 30% a 40% mais caro”, destacou.
Como prioridades regionais, João Rodrigues (PSD) enfatizou a recuperação de estradas, especialmente na região Oeste que escoa a maior parte das exportações catarinenses. Destacou a necessidade de intervenção rápida na SC 160 entre Campo Erê e Pinhalzinho e o trajeto entre Concórdia e Palmitos. “É a hora de ver na prática a gestão do governador Jorginho Mello”.
Protagonismo da Alesc
João Rodrigues (PSD) vê protagonismo da Assembleia Legislativa nestes primeiros meses de governo. Na sua opinião, Santa Catarina dá uma demonstração de compromissos pela postura dos parlamentares. “Os “poucos projetos que foram encaminhados e aprovados na assembleia é mérito da coordenação e articulação dos próprios deputados estaduais”, frisou.
“Banho na sogra”
O prefeito João Rodrigues é categórico ao dizer que o PSD não está no Governo do Estado. A afirmação foi dita ao comentar a entrada de Ricardo Guidi (PSD), deputado federal, no governo, assumindo a pasta da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Economia Verde. Na posse, Guidi afirmou que quem do partido não o prestigiava no ato “estaria dando banho na sogra”.
“É posse de um deputado que teve um convite independente, contrariando a orientação do partido que não compõe o Governo do Estado”.
O PSD adota na Alesc uma postura de neutralidade. Entretanto, no fundo, João Rodrigues não esconde a vontade de um dia ser governador. Nem que para isso tenha que disputar com Jorginho Mello (PL).
Mas por enquanto, vai se concentrar em vencer a eleição municipal em Chapecó.