
A Lista Nacional Oficial de Espécies Exóticas Invasoras, que incluía a tilápia, foi suspensa temporariamente pela Comissão Nacional de Biodiversidade (Conabio), do Ministério do Meio Ambiente. O deputado federal Pezenti (MDB) celebrou o anúncio feito nesta quinta-feira (04) pelo governo federal.
“Nossa pressão funcionou, o governo voltou atrás de uma decisão que iria prejudicar milhares de produtores. Junto com a tilápia, o Ministério do Meio Ambiente queria proibir também o cultivo de pínus, eucalipto, goiabeira, manga, etc. Uma aberração, que só caiu, por causa da força que fizemos com o apoio do Frente Parlamentar da Agropecuária e a do próprio setor”, disse Pezenti.
Uma espécie é considerada invasora quando aparece em lugares em que não é nativa. Nesse caso, a tilápia tem aparecido em rios fora das áreas de produção, o que causa desequilíbrios ambientais, segundo o Ministério do Meio Ambiente.
Já a característica "exótica" é porque a tilápia não é nativa do Brasil, mas do continente africano, da bacia do rio Nilo. Por isso ela é chamada de “Tilápia-do-Nilo” e o nome científico é Oreochromis niloticus.
De acordo com a nota do Ministério do Meio Ambiente, a suspensão será para fazer novas consultas aos setores da economia, "a fim de definir medidas adequadas à formulação de políticas e procedimentos de controle do escape no ambiente natural, compatíveis com a atividade produtiva", diz.
Em 2024 a produção nacional de tilápias alcançou cerca de 662,2 mil toneladas. Santa Catarina é o 4º maior produtor nacional da espécie