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Revogação das novas regras do PIX expõe a falta de credibilidade do governo

Muito mais do que comunicação, a falta de uma política econômica clara é o motivo para muitos anúncios retroagidos

16/01/2025, 21:13
Atualizado há 3 meses
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Por Fabiano Rambo
Receita revoga ato normativo que previa fiscalização do Pix (Foto: João Risi/PR)Receita revoga ato normativo que previa fiscalização do Pix (Foto: João Risi/PR)

A revogação da Instrução Normativa da Receita Federal do Brasil (RFB) sobre as transações financeiras expõe a falta de credibilidade da população no Governo Federal. É muito mais grave do que deficiências na comunicação, como apontado pelo secretário da RFB e lideranças do Partido dos Trabalhadores (PT).

A palavra e versão do deputado Nicolas Ferreira (PL) ecoou mais forte na sociedade, quando comparada a capacidade de comunicar de toda máquina pública. O PT é o partido que mais tempo governou o Brasil. Entretanto, parece ter perdido a capacidade de compreender as mudanças na sociedade, sociologicamente falando.

Vídeo de  Nicolas Ferreira repercutiu em todo o Brasil (Foto: Câmara dos Deputados)

A habilidade do partido em se comunicar com as massas, na mesma linguagem e forma, parece ter se perdido. Nos tempos de outrora, era o PT quem dominava o discurso e tinha mais proposição e convencimento, pautando a sociedade. Hoje, a realidade é diferente. A militância de direita conseguiu encontrar uma forma de se conectar mais com as pessoas e convencer melhor pelo argumento.

A revogação da legislação do PIX, como assim ficou conhecida, também mostra a ausência de uma linha factível e clara da condução da política econômica. Todas as críticas quando da nomeação de Fernando Haddad para o Ministério da Fazenda se mostraram uma clarividência que coloca o presidente Lula em constantes conflitos com seu partido e com a sociedade.

Em outros tempos, essa condição seria denominada de incompetência. Haddad e o PT têm visões diferentes da mesma coisa. Resta óbvio. O PT ainda não compreendeu que o mercado pode derrubar o governo, mesmo com o exemplo Dilma Rousseff.

Haddad é pressionado pelas contas públicas, mercado e integrantes do governo. Não se sabe até quando vai aguentar. Diferente de Mantega ou Meirelles, o ex-presidenciável não goza da credibilidade de seus antecessores dentro do mesmo partido e linha de pensamento. Sem contar que são outros tempos. O Brasil de Lula I e II ficou no passado.

(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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