Santa Catarina terá que esperar até 2030 para ampliar sua representação na Câmara dos Deputados. A decisão, tomada pelo ministro Luiz Fux e acompanhada por outros cinco ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu o aumento imediato de cadeiras federais, frustrando a expectativa de estados em crescimento populacional.
Com isso, nas eleições de 2026, o estado continuará com apenas 16 deputados federais e 40 parlamentares estaduais na Alesc, cenário que reforça o desequilíbrio entre população e representatividade.
O deputado federal Rafael Pezenti (MDB) criticou duramente a decisão. Para ele, o Congresso foi omisso ao não aprovar até junho de 2025 um projeto que redistribuísse o número de parlamentares entre os estados. Diante da inércia, o STF havia autorizado o TSE a recalcular as bancadas já em outubro de 2025, mas voltou atrás de última hora.
“Um dia antes do prazo, o Supremo mudou o entendimento e resolveu adiar o recálculo para 2030. Isso penaliza Santa Catarina e outros estados em crescimento”, afirmou Pezenti.
O deputado lembra que a perda não é apenas política, mas também financeira: com menos cadeiras, Santa Catarina recebe proporcionalmente menos recursos de emendas parlamentares impositivas. Para tentar reverter o quadro, Pezenti apresentou um projeto de lei complementar que prevê revisão automática das bancadas sempre que houver novo censo do IBGE — medida que, segundo ele, daria mais transparência e justiça ao processo.
Veja a entrevista do deputado Rafael Pezenti (MDB) no Radar neste quarta-feira (1)