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A tarifa de importação de 50% imposta pelos Estados Unidos ao Brasil vai prejudicar a economia catarinense, se não houver diálogo entre os Governos Lula e Trump. O problema não é econômico. É político e ideológico. Ambos saem perdendo, mas o Brasil mais, por não ter bala na agulha como os chineses para fazer guerra comercial.
Cerca de 15% das exportações catarinenses, em 2024, foram para os Estados Unidos. Nestes primeiros meses do ano, houve retração nas vendas internacionais para o país, mas ainda assim foram quase U$ 400 milhões em produtos catarinenses embarcados para os norte-americanos.
Trump usa a situação de Jair Bolsonaro para aplicar as medidas restritivas ao Brasil. Lula observa - neste momento - que não há negociação quando a pauta for essa. Entidades do agronegócio e da indústria veem com preocupação uma possível falta de articulação diplomática. Hoje, a balança comercial com os americanos é equilibrada. Em momentos favorável ao Brasil e em outros aos Estados Unidos.
Nunca houve tal tensionamento nas relações entre os países que historicamente estiveram alinhados. O clima não é bom e tende a piorar o conflito político-ideológico interno no Brasil. Lula diz que não aceita tutela americana e critica o imperialismo. Já a oposição usará a tese da perseguição política e de condutas antidemocráticas do Supremo Tribunal Federal (STF).
O jogo será tenso. Será acirrada a divisão interna no país. O discurso do “nós contra eles” e do “rico contra o pobre” vai nortear a campanha em 2026. No campo político, dá discurso para Lula que jogará na família Bolsonaro a culpa pela possível estagnação econômica.
O presidente vai se portar como coitado. E poderá levar a melhor, a depender da negociação. Se as tarifas se manterem, o PT usará sua mobilização e discurso afirmando que a direita “quer prejudicar o Brasil”. Se negociar e trouxer um resultado justo, usará a tese de “competente”.
Estamos num lugar perigoso. E, desta forma, mais cruel para população e para o país que precisa estabilidade, principalmente econômica, especialmente neste momento em que as coisas não andam boas.
Preocupação na Alesc
O deputado estadual, Altair Silva (PP), presidente da comissão de agricultura da Alesc, recomenda prudência aos líderes brasileiros nas negociações com os Estados Unidos. Segundo ele, questões políticas não podem interferir na economia. Santa Catarina exporta volume significativo de carne bovina aos norte-americanos. Silva considera fundamental o diálogo para encontrar um caminho satisfatório para ambos os países.
Missão à China mira aviação regional em SC
Durante missão oficial à China, o secretário de Portos, Aeroportos e Ferrovias, Beto Martins, conheceu uma aeronave de porte intermediário — entre o Gran Caravan e o Embraer 195 — com potencial de atender a aviação regional em Santa Catarina.
O estado terá, em breve, 24 aeroportos em funcionamento, incluindo o de Pinhalzinho, que já recebeu licença ambiental. A situação das companhias aéreas, no entanto, preocupa: a Azul desativou operações em 25 cidades brasileiras, inclusive em SC.
Martins defende a criação de uma empresa aérea regional, com apoio do governo estadual, para viabilizar conexões e passagens com preços acessíveis. O projeto ainda é embrionário, mas pode se tornar uma alternativa estratégica para a mobilidade no interior catarinense.
João Rodrigues pode virar Cidadão Honorário de Joinville
A bancada do PSD na Câmara de Vereadores de Joinville propôs conceder o título de Cidadão Honorário ao prefeito de Chapecó, João Rodrigues. A proposta reconhece sua trajetória política e contribuição para Santa Catarina, especialmente para a região Norte do estado.
Natural de São Valentim (RS), Rodrigues já foi vereador, deputado federal e secretário estadual. Mesmo sem ser joinvilense, esteve presente em pautas estratégicas da cidade. O projeto será votado em plenário e, se aprovado, a homenagem ocorrerá em sessão solene.
Coronel Armando oficializa filiação ao Progressistas
O ex-deputado federal Coronel Armando se filiou ao Progressistas (PP), atualmente federado ao União Brasil. O ato ocorreu em Joinville e contou com cerca de 200 participantes, incluindo o senador Esperidião Amin e lideranças do partido.
Armando, que ocupa até o fim do mês a cadeira do deputado Jorge Goetten na Câmara Federal, já foi secretário de Defesa Civil no governo de Jorginho Mello (PL). Insatisfeito com os rumos do antigo partido, Armando agora aposta no PP como plataforma para futuras disputas eleitorais.