Uma breve análise da explosão em frente ao STF em Brasília
Por mensagens, Francisco Luiz já anunciava seu estado mental e suas ações
A polarização política leva as pessoas à insanidade. As constantes Teorias da Conspiração que surgem de tempos em tempos nas redes sociais e muitas das quais repetidas por lideranças políticas, indiferentemente de partido ou ideologia tem levado cidadãos de todo o país, com a mente mais fraca à loucura.
O caso do catarinense Francisco Wanderlei Luiz é um destes. Segundo o deputado Jorge Goetten, conterrâneo do chaveiro, Luiz era considerado um cidadão de “boa família”. Morador de Rio do Sul, no Vale do Itajaí, a única ação contra o ex-empresário era ter realizado aglomeração durante o período de pandemia, quando festas ou confraternizações estavam proibidas. Depois disso, a separação conjugal foi o estopim para uma mudança a Brasília.
Militante do PL, onde foi candidato a vereador, obtendo 96 votos em Rio do Sul, Francisco Wanderlei, depois da eleição, na certa descontente com o resultado do pleito, vai para Capital Federal morar em “uma quebrada” em Ceilândia, cidade satélite de Brasília, mesmo local onde a polícia encontrou explosivos.
Goetten chegou a receber o conterrâneo em seu gabinete algumas vezes. O parlamentar considerou que Luiz estava com “problemas mentais”. A atitude tomada pelo chaveiro diz tudo.
Primeiro, insere explosivos em seu carro e depois em si próprio, se automutilando em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF). Lamentável. Felizmente, ninguém mais se feriu ou o patrimônio público foi afetado. Entretanto, o caso transpassará a sessão policial para a de política.
A primeira decisão tomada: o cerramento da discussão sobre a indulgência aos envolvidos no 08/01, quando manifestantes ocuparam a sede do STF e outros poderes, depredando parte do patrimônio.
Depois, as lideranças políticas se desvencilharão de qualquer relação com Francisco Luiz, especialmente de sua ideologia, a qual por mensagens encontradas em suas redes sociais já anunciavam o pior. A palavra “loucura” ou “louco” aparecerá bastantes para determinar a conduta do rio-sulense.
A bem da verdade, Luiz não é vítima e nem terrorista. É mais um descontente perturbado com a política nacional, motivado pelas constantes teorias conspiratórias das redes sociais, potencializado pela sua própria história.