É difícil jogar contra o sistema e seus interesses
Grêmio e Inter já sabem que será difícil bater de frente contra o eixo Rio-São Paulo
Mais uma vez o duelo entre Corinthians e Grêmio na Neo Química Arena teve como destaque a atuação da arbitragem. Depois pênalti claríssimo não marcado por Wilton Pereira Sampaio no ano passado, foi a vez do árbitro Alex Stefano fazer a boa ação com o clube paulista, só que agora foi marcada a penalidade a favor dos paulistas.
Tirei o tempo de procurar a opinião dos comentaristas de arbitragem e todos foram claros, não é pênalti. Onde já se viu você puxar o atleta por trás e ele cair para frente? Tem alguma lógica? O senhor juíz da partida sentiu o tamanho do jogo e a pressão de ter um árbitro mais experiente que ele no VAR, que chamou ele e ficou com medo de discordar.
O problema não é só o VAR, não é só com o Grêmio, o Internacional já sofreu muito contra o mesmo adversário. A dupla grenal poderia ter conquistado ao menos dois títulos do campeonato brasileiro, o de 2005 e o do ano passado, um para cada, sempre com erros de arbitragem.
O que Marchesín fez no intervalo do jogo de ontem foi corajoso. O goleiro tricolor não poupou as críticas no microfone do Sportv e Premiere. Renato Portaluppi também deu as cartas na coletiva. Está na hora de mais clubes colocarem a boca no trombone, pois sabemos que Flamengo e Corinthians sempre serão os queridinhos dentro da CBF.
São dois clubes gigantes, que não precisam disso, mas para o sistema, sempre é mais interessante. Os dois clubes citados acima tem as maiores torcidas, mas não são maiores que Grêmio e Internacional. Se continuar assim, o futebol por si próprio vai perdendo a graça, tira o brilho do espetáculo.
O segredo é não baixar a cabeça. Que o hino do Rio Grande do Sul sirva de inspiração para passar por todos esses percalços.
Mostremos valor, constância
Nesta ímpia e injusta guerra
Sirvam nossas façanhas
De modelo à toda Terra