O Brasil alcançou a maior safra de grãos da história, com 350,2 milhões de toneladas colhidas em 2024/25. O volume representa crescimento de 16,3% em relação ao ciclo anterior, quando foram registradas 324,36 milhões de toneladas, conforme o 12º Levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta quinta-feira (11).
Segundo a estatal, soja, milho, arroz e algodão responderam por 47 milhões das 49,1 milhões de toneladas adicionais deste ciclo. A expansão de 1,9 milhão de hectares na área cultivada, somada às condições climáticas favoráveis no Centro-Oeste garantiu o avanço. Também houve recuperação na produtividade, que subiu 13,7% e atingiu média de 4.284 quilos por hectare.
Soja lidera crescimento
A soja foi novamente o carro-chefe da produção. O grão alcançou recorde de 171,5 milhões de toneladas, 20,2 milhões a mais que em 2023/24. A produtividade média nacional chegou a 3.621 kg/ha, a maior já registrada. Goiás liderou em rendimento (4.183 kg/ha), enquanto o Rio Grande do Sul teve o menor índice (2.342 kg/ha) devido a altas temperaturas e chuvas irregulares.
Milho e algodão em alta
O milho também registrou safra histórica com 139,7 milhões de toneladas, alta de 20,9%. A primeira safra respondeu por 24,9 milhões, a segunda deve atingir 112 milhões, e a terceira, ainda em desenvolvimento, tem previsão de 2,7 milhões. Já o algodão alcançou 4,1 milhões de toneladas, avanço de 9,7%, resultado da ampliação de 7,3% da área semeada e das boas condições climáticas.
Arroz e feijão garantem abastecimento
Com a colheita concluída, o arroz somou 12,8 milhões de toneladas, crescimento de 20,6% frente à safra anterior, o quarto maior volume já registrado no país. No caso do feijão, a produção das três safras deve alcançar 3,1 milhões de toneladas, garantindo o abastecimento interno.
Trigo recua em área, mas melhora em produtividade
Entre as culturas de inverno, o trigo registrou queda de 19,9% na área cultivada, com 2,4 milhões de hectares. Apesar disso, deve apresentar recuperação na produtividade, estimada em 3.077 kg/ha, frente aos 2.579 kg/ha do ano passado. A produção, porém, deve recuar 4,5%, fechando em 7,5 milhões de toneladas.
Com esses resultados, o Brasil consolida sua posição como uma das maiores potências agrícolas do mundo, reforçando a competitividade no mercado externo e o abastecimento do mercado interno.