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MST invade 23 propriedades em abril e anuncia novas ações

Mobilizações reacendem o debate sobre a reforma agrária no país

Henrique Paulo
Por Henrique Paulo
10/04/2025, 14:10
Atualizado há 14 dias
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Movimento no acampamento Marcelino Chiarello (Foto: Divulgação / Juliana Adriano)Movimento no acampamento Marcelino Chiarello (Foto: Divulgação / Juliana Adriano)

Desde o dia 1º de abril, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) tem realizado uma série de ocupações em diversas propriedades rurais e órgãos públicos de todo o Brasil. Até o momento, foram registradas 23 ações em pelo menos dez estados do país, como parte da mobilização anual. 

As ocupações têm como objetivo pressionar o governo por um avanço na reforma agrária e continuam até o dia 17 de abril, data em que se lembra o massacre de Eldorado dos Carajás.

As ações do MST ocorreram em estados como Pernambuco, Minas Gerais, Paraíba, Rio Grande do Norte, São Paulo, Ceará, Goiás, Rio de Janeiro, Sergipe e Pará. As ocupações envolveram tanto propriedades privadas quanto públicas, com destaque para a Usina Santa Teresa, em Goiana (PE), e a fazenda da empresa CopaFruit, em Petrolina (PE). No Rio Grande do Norte, uma das ações ocorreu na fazenda experimental da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa), em Mossoró.

Reações políticas e posicionamento do governo

A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) se manifestou contra o aumento das ocupações, destacando a preocupação com a postura do governo federal. A FPA criticou a posição do governo, acusando-o de ser permissivo em relação às ações do MST.

Por outro lado, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, defendeu a atuação do governo, afirmando que o ritmo da reforma agrária foi retomado, como nos primeiros mandatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Teixeira ressaltou que o governo está empenhado em mediar os conflitos no campo e garantir a paz nas áreas afetadas.

 

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