A jovem de 21 anos flagrada com um padre da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Nova Maringá (MT), tinha uma função ativa dentro da igreja: ela atuava como acólita, responsável por auxiliar nas missas com tarefas como acender velas, manusear livros litúrgicos e ajudar no altar.
O caso veio à tona após a divulgação de um vídeo nas redes sociais na última segunda-feira (13), em que o sacerdote é confrontado por um grupo de homens dentro da casa paroquial. Nas imagens, é possível ver o momento em que o grupo arromba portas do quarto e do banheiro, após o religioso se recusar a abrir. Em seguida, a mulher — noiva de um fiel da comunidade — aparece chorando, escondida embaixo da pia.
A Diocese de Diamantino, responsável pela paróquia, confirmou em nota que abriu uma investigação interna para apurar a conduta do religioso. O processo busca avaliar os fatos, suas circunstâncias e eventuais repetições, levando em conta critérios como consentimento, gravidade e julgamento eclesiástico.
Segundo a nota, serão adotadas medidas disciplinares e de acompanhamento tanto para o padre quanto para a comunidade, “com o objetivo de reparar o escândalo e restaurar a confiança dos fiéis”.
Família da jovem denuncia vazamento do vídeo
A família da jovem registrou um boletim de ocorrência na segunda-feira (13), denunciando a divulgação indevida das imagens do flagrante. O caso foi classificado pela Polícia Civil como “atípico”, pois depende de representação da vítima para que a investigação prossiga. A gravação se espalhou rapidamente na cidade com pouco mais de 5 mil habitantes, e viralizou nas redes sociais, gerando grande repercussão local e nacional.