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Pastor mirim é proibido de aparecer em cultos nas redes após denúncia de exploração religiosa

Com apenas 15 anos, Miguel Oliveira foi advertido pelo Conselho Tutelar, que proibiu a divulgação de seus cultos nas redes sociais

Felipe Eduardo
Por Felipe Eduardo
01/05/2025, 09:16
Atualizado há 2 dias
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Miguel Oliveira, de 15 anos, foi proibido de ter suas pregações divulgadas nas redes sociais (Foto: Reprodução/Redes Sociais)Miguel Oliveira, de 15 anos, foi proibido de ter suas pregações divulgadas nas redes sociais (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

O jovem pastor Miguel Oliveira, de 15 anos, foi proibido de ter suas pregações divulgadas nas redes sociais, após uma decisão do Conselho Tutelar de Carapicuíba (SP). A medida veio após denúncias de possível exploração religiosa com fins financeiros e negligência dos responsáveis. A família do adolescente foi advertida formalmente na terça-feira (29) por representantes do conselho, acompanhados de psicólogos e neuropsicólogos.

Embora Miguel ainda possa pregar em igrejas, a exposição midiática que o levou a ultrapassar a marca de 1 milhão de seguidores está vetada. A decisão visa proteger o menor, que tem sido alvo de ataques e ameaças nas redes sociais. Caso a determinação seja desrespeitada, os pais do pastor mirim poderão enfrentar sanções legais, incluindo a possibilidade de perderem a guarda do filho.

As denúncias recebidas pelo Conselho Tutelar indicam que Miguel estaria sendo exposto a situações que configuram violência psicológica, agravadas pela superexposição digital. O Ministério Público de São Paulo acompanha o caso e mantém diálogo com o Conselho para avaliar os próximos passos.

A repercussão negativa em torno do jovem pastor começou após vídeos polêmicos, como o momento em que ele rasga um laudo médico de leucemia e afirma ter curado uma mulher do câncer. O episódio gerou revolta e críticas nas redes, onde Miguel passou a ser chamado de “charlatão”, “profeta do demônio” e até “anticristo”.

Além da polêmica, a história de vida de Miguel também chama atenção. Ele afirma ter nascido sem tímpanos e cordas vocais, e que foi curado milagrosamente aos 3 anos de idade, quando deixou de ser surdo e mudo. Hoje, se apresenta como “profeta” e líder espiritual em cultos evangélicos.

Em meio à crise, a assessoria do adolescente declarou que os pais não desejam mais expor o filho à mídia. Enquanto o caso avança nas esferas do Conselho Tutelar e do Ministério Público, a família de Miguel opta pelo silêncio, tentando proteger o adolescente da crescente onda de hostilidade online.

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