Música gaúcha x funk: vereadores travam embate polêmico; assista!
Situação gerou repercussão nas redes sociais; "Dividiu opiniões"

Uma sessão acalorada na Câmara de Vereadores de Erechim, no norte do Rio Grande do Sul, expôs nesta semana um embate cultural e ideológico envolvendo música gaúcha, funk e apresentações artísticas. O centro da polêmica é um projeto de lei apresentado pelo vereador Thiago “The Police” que visa proibir o uso de recursos públicos para a contratação de artistas que, segundo ele, promovam "apologia ao crime, ou à violência".
Durante a discussão, a parlamentar Sandra Picoli (PCdoB) criticou a proposta e trouxe à tona um debate sobre letras de canções tradicionalistas gaúchas. Ela citou composições como "Ajoelha e Chora" e "Não Chora Minha China Véia" como exemplos de melodias que, segundo ela, carregam traços de machismo.
— Essas músicas, pela lógica da lei do vereador Thiago, também não poderiam ser contratadas. O artista que fosse contratado teria de ser censurado. Agora quero ver qual Executivo vai ter coragem de fazer isso — afirmou Picoli durante a sessão.
Em resposta, o autor do projeto rebateu as críticas, destacando que sua intenção não é censurar nenhum gênero musical, mas evitar que recursos públicos sejam destinados a conteúdos que, em sua avaliação, incentivem comportamentos nocivos.
— Nós vamos sentar e ver o que temos que mudar, mas em nenhum momento minha lei quis censurar alguém. A proposta simplesmente quer proibir que nosso município financie músicas de apologia — afirmou “The Police”. O caso gerou repercussão nas redes sociais e dividiu opiniões entre moradores da cidade.