O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) inicia nesta quinta-feira (18) a liberação de linhas de crédito voltadas a indústrias exportadoras impactadas pelo aumento de tarifas internacionais, conhecido como “tarifaço”.
O anúncio foi feito durante um encontro na Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), nesta quarta-feira (17), com a presença de empresários e técnicos do Banco.
“Convido os empresários a já procurarem seus agentes financeiros ou o próprio BNDES porque as linhas já estão abertas e funcionando. Esse é o principal recado”, afirmou José Luis Gordon, diretor de desenvolvimento produtivo, inovação e comércio exterior do BNDES.
O presidente da FIESC, Gilberto Seleme, destacou a importância do plano para o setor catarinense.
“Santa Catarina foi muito atingida, e o Plano Brasil Soberano veio numa boa hora e vai aliviar um pouco esse baque que o empresário catarinense teve”, disse.
O Plano Brasil Soberano disponibiliza R$40 bilhões em crédito, sendo R$30 bilhões do Fundo Garantidor de Exportações (FGE) e R$10 bilhões em recursos próprios do BNDES. Os recursos podem ser utilizados para capital de giro, investimentos em adaptação da atividade produtiva, aquisição de máquinas e equipamentos, e busca de novos mercados.
Podem acessar os recursos empresas de todos os portes impactadas pela tarifa de 50% e que tenham faturamento bruto com exportações para os Estados Unidos igual ou superior a 5% do total apurado entre julho de 2024 e junho de 2025.
O FGE oferece quatro linhas de crédito:
“Queremos viabilizar que os exportadores brasileiros consigam manter a atividade econômica, preservar e gerar empregos, diversificar mercados internacionais e modernizar e fazer a adaptação produtiva”, explicou Lívia dos Reis Rocha, superintendente de comércio exterior do BNDES.
Além das linhas do Plano Brasil Soberano, o encontro apresentou o Crédito Indústria 4.0, destinado à modernização do parque industrial, com R$ 10 bilhões via BNDES e outros R$ 2 bilhões pela FINEP, disponível para empresas de qualquer porte.
“A indústria é central para a agenda de desenvolvimento do país”, reforçou Gordon.