Municípios de SC lideram ranking nacional de gestão fiscal

Em 2024, a maioria dos municípios catarinenses fechou as contas públicas com saldo positivo em eficiência fiscal. O Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF) 2025 revelou que 82,5% das cidades do estado alcançaram desempenho considerado excelente, enquanto a média nacional ficou em 23,3%.

O estudo, divulgado em setembro, avaliou as contas de 269 dos 295 municípios catarinenses, que representam 94,3% da população estadual, cerca de 7,6 milhões de habitantes. Entre as cidades analisadas, quatro encerraram o ano em situação fiscal difícil. Nenhuma foi classificada como crítica.

O IFGF considera quatro indicadores principais:

• Autonomia, que mede a capacidade de arrecadação para cobrir despesas locais;
• Gastos com pessoal, que avalia o peso da folha de servidores no orçamento;
• Liquidez, que verifica os recursos em caixa para despesas de curto prazo;
• Investimentos, que mostra quanto do orçamento foi aplicado em melhorias para a população.

O melhor desempenho dos municípios catarinenses foi no indicador de gastos com pessoal. De acordo com a Firjan, 201 cidades (74,7%) alcançaram nota máxima, mantendo equilíbrio entre salários, aposentadorias e orçamento. Pescaria Brava, no Sul do estado, foi a única a ultrapassar 54% da receita com despesas de pessoal, sendo classificada em situação crítica.

Em relação à autonomia financeira, 201 municípios também atingiram a melhor avaliação, mostrando capacidade de manter a estrutura administrativa com recursos próprios. Por outro lado, 21 cidades enfrentam dificuldades nesse aspecto.

No quesito liquidez, 69 municípios receberam nota máxima, mas cinco encerraram 2024 sem saldo suficiente para quitar despesas imediatas. Já no indicador de investimentos, 142 cidades destinaram mais de 12% do orçamento a essa finalidade e conquistaram a nota máxima. Outras 12, no entanto, terminaram o ano em situação crítica, investindo em média apenas 3,7% dos recursos disponíveis.