
Em Nova Itaberaba, Guilherme Favero, de 21 anos, faz questão de manter a tradição gaúcha viva em sua rotina. Todos os dias, ao acordar para ir ao trabalho, ele veste sua bombacha, alpargatas e boina, um visual que já faz parte de seu cotidiano.
Guilherme, que possui um estoque dessas vestimentas em casa, afirma que não troca o traje por nada. "É parte de quem sou, da minha identidade", diz ele, com orgulho. Para ele, vestir-se dessa maneira é mais do que uma escolha de estilo, é uma forma de respeitar suas raízes.
Sirlei Colpo, sua chefe, comenta que, para a equipe, o visual de Guilherme nunca foi um problema. “Ele sempre foi um excelente profissional, e o modo como ele se veste nunca interferiu no trabalho. Pelo contrário, ele é um exemplo de respeito”, explica Sirlei.
A história de Guilherme não é única. No interior de Modelo, Daniel Lang, conhecido como Bicudinho, também mantém a vestimenta tradicional do Rio Grande do Sul na sua rotina. Motorista de caminhão, ele percorre os três estados do Sul do Brasil, sempre trajado, mantendo vivo o símbolo da cultura gaúcha enquanto enfrenta a lida das estradas.
Nas folgas, Daniel retorna à propriedade da família, onde o vínculo com o campo se fortalece ainda mais. Lá, ele cuida de cavalos, e prepara comidas típicas da região, como carreteiro e chimarrão, em um ritual que mantém sua conexão com a terra sempre presente. "É no campo que me sinto em casa, onde posso estar perto dos animais e da tradição que aprendi com minha família", diz.