O Internacional encerrou os primeiros sete meses de 2025 com um déficit de R$15,43 milhões, valor significativamente abaixo dos R$61,96 milhões inicialmente projetados pela diretoria. Apesar do resultado negativo parcial, a expectativa do clube é fechar o ano com um superávit de R$7,64 milhões.
A arrecadação do Colorado até julho superou todas as previsões. Enquanto a diretoria estimava R$255,45 milhões, o clube conseguiu R$412,31 milhões no período. Mesmo com o bom desempenho financeiro, a direção solicitou uma suplementação orçamentária, aprovada por ampla maioria (115 votos) pelo Conselho Deliberativo na noite de segunda-feira (29).
O aumento nas receitas veio acompanhado de maior gasto operacional no futebol. O custo previsto era de R$210,48 milhões, mas os valores executados chegaram a R$237,09 milhões. Somente com salários, o clube desembolsou R$99,94 milhões — uma média de R$14,27 milhões mensais — enquanto os direitos de imagem somaram R$39,93 milhões, equivalentes a R$5,7 milhões por mês. No total, o Inter gastou cerca de R$20 milhões mensais com jogadores e comissão técnica.
Sobre os pagamentos realizados na semana anterior ao Gre-Nal, o diretor esportivo Andrés D’Alessandro garantiu que tudo está dentro do planejado. Já o CEO Giovane Zanardo afirmou, durante apresentação ao Conselho.
“No comparativo entre realizado e orçado, estamos muito próximos na receita bruta das atividades. Tivemos um desempenho em receitas bastante significativo nestes primeiros sete meses. De um modo geral, a gente vem atendendo às expectativas em todas as rubricas até julho. Por outro lado, alguns custos ficaram acima do orçado para o período”.
A diretoria espera que os custos diminuam no segundo semestre, após a saída de jogadores como Enner Valencia, Fernando e Wesley. Este último foi vendido ao Al-Rayyan, do Catar, por US$10 milhões (aproximadamente R$ 54,4 milhões), o que deve contribuir para equilibrar ainda mais as finanças do clube.