
Poucos dias antes de tomar posse como presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Edson Fachin esteve neste sábado (20) no Vaticano, onde participou do Jubileu dos Operadores da Justiça e se encontrou com o papa Leão XIV. O evento, sediado na praça de São Pedro, reuniu juízes, advogados, procuradores e outros profissionais do direito de diversos países.
Devido ao grande número de peregrinos, a celebração foi realizada em uma estrutura montada na área externa da praça, permitindo maior proximidade entre o pontífice e os participantes. Católico, Fachin acompanhou o discurso de Leão XIV, que enfatizou que a justiça “não pode ser reduzida à mera aplicação da lei ou à atuação dos juízes”, mas deve se concretizar “quando se volta para os outros, quando a cada um é dado o que lhe é devido, até alcançar a igualdade em dignidade e oportunidades”.
Em outro trecho, o papa citou ensinamentos de Santo Agostinho sobre a relação entre Estado, justiça e fé, afirmando que “sem justiça não se pode administrar o Estado; é impossível que haja direito em um Estado onde não há verdadeira justiça”.
Após a fala, Fachin entrou na fila e cumprimentou o pontífice. A viagem foi custeada pelo próprio ministro e articulada em parceria com a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Posse no STF
Fachin assume a presidência do Supremo em solenidade marcada para 29 de setembro, tendo o ministro Alexandre de Moraes como vice. Ambos foram eleitos em agosto em votação simbólica pelo plenário, seguindo o critério de antiguidade no tribunal.
No comando do STF no biênio 2025-2027, Fachin será responsável por organizar a pauta do plenário, presidir as sessões e conduzir os trabalhos. Além da função jurisdicional, caberá a ele gerir a estrutura administrativa do Poder Judiciário, incluindo a elaboração e o encaminhamento do orçamento.