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SC avança na preservação e registra nova queda no desmatamento da Mata Atlântica

Uso de tecnologia, fiscalização eficiente e políticas públicas sustentáveis são destaques na preservação ambiental

Felipe Eduardo
Por Felipe Eduardo
13/05/2025, 18:41
Atualizado há 1 dia
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Santa Catarina vem se destacando nacionalmente na preservação da Mata Atlântica. De acordo com o Atlas dos Remanescentes Florestais, desenvolvido pela Fundação SOS Mata Atlântica em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o estado registrou uma redução de 12% no desmatamento do bioma entre julho de 2023 e junho de 2024, em comparação com o mesmo período do ano anterior.

A queda representa a continuidade de um movimento positivo: no levantamento anterior (2022–2023), a redução havia sido ainda mais expressiva, de 86%. O novo dado reforça uma tendência consistente de preservação ambiental em território catarinense.

Outro destaque do estudo é que nenhum município de Santa Catarina aparece entre os 20 com maior desmatamento em área de mata no país. Isso indica uma menor concentração de pressão ambiental em regiões específicas, apontando para uma dispersão mais equilibrada dos impactos.

O governador Jorginho Mello celebrou o resultado, destacando o equilíbrio entre progresso econômico e responsabilidade ambiental.

“Santa Catarina tem mostrado que é possível crescer com responsabilidade ambiental. A nova redução no desmatamento da Mata Atlântica é fruto de um trabalho sério, que combina o uso de tecnologia, fiscalização eficiente e políticas públicas bem direcionadas. Trabalhamos com equilíbrio, conciliando crescimento econômico com responsabilidade ambiental, o que garante um desenvolvimento verdadeiramente sustentável”, afirmou o governador.

(Pesquisa nacional aponta que Santa Catarina reduziu em 12% o desmatamento da Mata Atlântica (Foto: Adrio Centeno/IMA)

A presidente do Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA), Sheila Meirelles, também ressaltou a importância da conscientização da população e do investimento em tecnologia para alcançar resultados concretos.

“A integração entre tecnologia, gestão e conscientização da sociedade tem sido fundamental. O uso de sistemas que alertam sobre o desmatamento ilegal e a produção de dados com referência espacial são essenciais para fortalecer a fiscalização e o licenciamento ambiental”, destacou.

O IMA tem investido fortemente em geotecnologias para modernizar os processos de licenciamento, auditoria e fiscalização. O uso de imagens de satélite, drones e ferramentas digitais permite o monitoramento preciso de áreas de difícil acesso, garantindo maior efetividade nas ações de controle ambiental.

Segundo Diego Hemkemeier Silva, diretor de Controle, Passivos e Qualidade Ambiental do IMA, os sistemas de monitoramento em tempo real já emitem alertas frequentes sobre alterações na vegetação, permitindo respostas imediatas.

“Coordenada pela Gerência de Informações Ambientais e Geoprocessamento, a sala de monitoramento em tempo real integra diversas variáveis ambientais, viabilizando intervenções rápidas em áreas críticas.”

Em breve, o IMA lançará o SiGEO, uma infraestrutura de dados espaciais que reunirá todas as ferramentas e informações geoespaciais do Estado em uma única plataforma, ampliando ainda mais a capacidade de resposta e planejamento ambiental.

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