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VÍDEO! Cilada tirou benefício de paciente doente no Oeste

Número de prejudicados em esquema criminoso chegou a 330

Henrique Paulo
Por Henrique Paulo
28/07/2025, 23:10
Atualizado há 2 dias
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Promotor que atua no caso (Foto: Henrique Paulo Koch)Promotor que atua no caso (Foto: Henrique Paulo Koch)

A Operação Entre Lobos, deflagrada pelo GAECO e pela Promotoria de Justiça de Modelo (SC), revelou um esquema de estelionato que já contabiliza 330 possíveis vítimas em vários estados do país. O grupo criminoso é acusado de enganar principalmente idosos e aposentados, oferecendo ações judiciais revisionais fraudulentas e adquirindo créditos judiciais por valores irrisórios.

Como funcionava o esquema criminoso?

A organização atuava em pelo menos cinco estados — Santa Catarina, Ceará, Bahia, Alagoas e Rio Grande do Sul — utilizando empresas de fachada, como Ativa Precatórios e BrasilMais Precatórios, além de um site com aparência institucional, o IDAP.

As pessoas, muitas vezes sem entender os documentos que assinavam, cediam seus direitos judiciais por valores muito abaixo do que tinham a receber — em alguns casos, menos de 2% do valor devido. Conforme o coordenador do Gaeco de São Miguel do Oeste, Edisson de Melo Menezes, um dos casos que chamou a atenção foi uma moradora que enfrentava um câncer e fazia vaquinhas para se manter, enquanto o esquema roubava seus benefícios.

Impacto e números da ação

- 13 mandados de prisão foram cumpridos;
- 35 buscas e apreensões foram realizadas;
- Foram apreendidos R$ 115,7 mil em espécie, moeda estrangeira, 7 veículos e armas;
- Recolhidos mais de 5.800 documentos, computadores, celulares e mídias.

As investigações também apontam a prática de patrocínio infiel, violando o código de ética da advocacia. Há indícios de que os responsáveis pelo golpe extrapolavam a função de advogado, traindo a confiança dos próprios clientes.

Como denunciar e buscar apoio

Procurar a Delegacia de Polícia Civil mais próxima;
Contatar a Promotoria de Justiça de Modelo pelo WhatsApp: (49) 99200-7462;
Ou enviar e-mail para: ouvidoria@mpsc.mp.br.

Por que o nome “Entre Lobos”?

A operação recebeu este nome como alusão à conduta predatória dos investigados, que agiam como lobos entre suas presas — idosos vulneráveis. O nome também homenageia uma das vítimas, de sobrenome “Wolf”, que faleceu antes de ver a justiça ser feita.

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