Programa 'Zera Filas' busca reduzir tempo de espera por procedimentos cirúrgicos em Nova Itaberaba

O secretário de saúde de Nova Itaberaba, Mauro Ribeiro do Santos, participou nesta semana da sessão da Câmara de Vereadores, onde apresentou os avanços e desafios da pasta. Durante sua fala, destacou o programa "Zera Filas", que tem como objetivo reduzir o tempo de espera por consultas, exames e procedimentos cirúrgicos dos pacientes que utilizam o Sistema Único de Saúde (SUS) no município.

Segundo o secretário, ao assumir a gestão, um dos principais problemas encontrados foi o acúmulo de consultas e exames reprimidos do ano anterior.

"No dia 1º de janeiro, havia 1.243 exames e consultas que deveriam ter sido realizados no ano anterior e não foram. Isso compromete o atendimento, pois a saúde funciona por meio de filas organizadas pela ordem de inserção", explicou.

O problema se agrava especialmente em áreas como a oftalmologia, onde 378 pessoas aguardavam atendimento. Além disso, havia pacientes esperando exames como colonoscopia por mais de oito meses, quando o recomendado é que esse tipo de procedimento seja realizado em até 60 dias, caso não seja de urgência.

Diante desse cenário, uma reunião interna foi realizada com o prefeito Marciano Pagliarini, que se sensibilizou com a situação e apoiou a criação do programa "Zera Filas". O objetivo é atender toda a demanda reprimida para, posteriormente, normalizar os prazos de atendimento, garantindo que exames urgentes sejam realizados em no máximo 10 dias e os eletivos em até 60 dias.

Desde a implantação do programa, já foram realizados 576 exames represados, além de todas as solicitações de exames de urgência feitas desde janeiro deste ano. Alguns procedimentos de alta complexidade, que dependem do Estado, ainda estão pendentes, mas o esforço da secretaria de saúde tem garantido a antecipação de cirurgias importantes, como ginecológicas e oncológicas.

"Estamos conseguindo avanços importantes ao firmar parcerias com hospitais da região para adiantar cirurgias pelo SUS. Se um hospital não tem disponibilidade, buscamos outra alternativa em cidades como Nova Erechim, Pinhalzinho, Iporã do Oeste, Mondaí, Cunha Porã e Xanxerê", destacou o secretário.