Três meses após o desaparecimento de Salete Borges, de 56 anos, a dor da incerteza ainda está presente. A mulher residia na Linha Amizade, zona rural de Nova Itaberaba (SC). Desde então, buscas intensas foram realizadas na tentativa de localizá-la, mas nenhum vestígio foi encontrado.
As investigações da Polícia Civil apontaram para um possível caso de feminicídio. Dois homens foram presos durante o inquérito. As autoridades acreditam que o corpo de Salete tenha sido jogado no Rio Chapecó, nas proximidades da casa onde ela vivia. No entanto, nem mesmo o esforço conjunto entre bombeiros, parentes e membros da comunidade foi suficiente para localizar qualquer pista concreta.
O caso acabou sendo oficialmente encerrado no dia 11 de agosto, sem que o corpo fosse encontrado. Nos últimos dias, o principal suspeito, que está preso em Chapecó, passou por uma avaliação psiquiátrica a pedido da Justiça. O laudo apontou que ele é portador de esquizofrenia e foi considerado incapaz — ou seja, não possui plena capacidade cognitiva e psicomotora para responder pelos seus atos conforme prevê a legislação penal comum.
Apesar disso, a condição não o isenta de responsabilidade. O caso deverá ser julgado dentro dos parâmetros legais previstos para pessoas com transtornos mentais, o que pode resultar em internação em hospital psiquiátrico ao invés de cumprimento de pena em regime prisional.