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Política

Câmara aprova PEC da Blindagem em dois turnos e proposta segue para o Senado

Texto dificulta processos criminais contra parlamentares e amplia foro privilegiado para presidentes de partidos

Felipe EduardoPor Felipe Eduardo
17/09/2025 09:46Atualizado há 1 dia
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Câmara aprova PEC da Blindagem em dois turnos e proposta segue para o Senado
PEC da blindagem é aprovada por deputados e vai ao Senado (Foto: Lula Marques/Agência Brasil)

A Câmara dos Deputados aprovou, na noite desta terça-feira (16), em dois turnos, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 3 de 2021, conhecida como PEC da Blindagem ou PEC das Prerrogativas. O texto restringe o andamento de processos criminais contra deputados e senadores, condicionando sua abertura à autorização prévia, em votação secreta, das respectivas Casas Legislativas.

No primeiro turno, a matéria recebeu 353 votos favoráveis, contra 134 contrários e uma abstenção. Horas depois, já por volta das 23h30, em segundo turno, a PEC foi novamente aprovada, com 344 votos a favor e 133 contrários. Para acelerar o processo, os deputados também aprovaram requerimento que dispensou o intervalo de cinco sessões entre as votações.

Além de dificultar a abertura de ações penais, a proposta ainda garante foro privilegiado no Supremo Tribunal Federal (STF) a presidentes de partidos com representação no Congresso. Todos os destaques que tentavam alterar o texto — inclusive a retirada desse benefício — foram rejeitados em plenário.

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O que muda com a PEC

O substitutivo aprovado, relatado pelo deputado Claudio Cajado (PP-BA), estabelece que:

  • Deputados e senadores não poderão ser processados criminalmente sem autorização prévia da Câmara ou do Senado, concedida em votação secreta e por maioria absoluta;
  • Prisões só serão permitidas em flagrante de crime inafiançável, cabendo ao plenário da respectiva Casa decidir, em até 24 horas, se a mantém ou suspende;
  • Presidentes de partidos políticos passam a ter foro no STF, equiparando-se a parlamentares.

Os opositores alertam para o risco de a proposta blindar parlamentares de processos por crimes comuns. Já os defensores do projeto alegam que a medida restabelece prerrogativas previstas na Constituição de 1988 e serve como proteção contra possíveis abusos de outros Poderes.

“Isso não é licença para abusos, é um escudo protetivo para o parlamentar exercer sua função sem medo de perseguição política”, disse Cajado.

Próximos passos

A PEC segue agora para o Senado, onde precisará de 49 votos entre 81 senadores em dois turnos de votação. O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), senador Otto Alencar (PSD-BA), já sinalizou resistência.

“A repulsa à PEC da Blindagem está estampada nos olhos do povo, mas a Câmara dos Deputados se esforça a não enxergar. Tenho posição contrária”, afirmou.

O embate promete ser intenso na Casa revisora, que será a responsável por analisar a admissibilidade e o mérito da proposta antes de eventual votação em plenário.