100.9 FM AO VIVO
Por Felipe Eduardo
O ministro do Turismo, Celso Sabino, oficializou nesta sexta-feira (26) sua saída do governo federal. Filiado ao União Brasil, ele atendeu à resolução do partido que determinou, na semana passada, que os filiados deixassem cargos na gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em até 24 horas.
Apesar do pedido de desligamento, Sabino permanecerá no cargo até a próxima quinta-feira (2), a pedido de Lula, para acompanhá-lo em Belém, onde será realizada a entrega de obras preparatórias para a COP30.
“Entreguei ao presidente a minha carta e o meu pedido de saída do Ministério do Turismo, cumprindo a decisão do meu partido. Mas, a pedido do presidente, sigo até a próxima semana para cumprir essa agenda importante”, afirmou o ministro.
Sabino ressaltou que sua vontade era permanecer no governo e que mantém diálogo aberto com Lula.
“O presidente acenou com a possibilidade de ampliar esse diálogo junto ao União Brasil para ver quais serão as cenas dos próximos capítulos”, completou.
Retorno à Câmara
Deputado federal eleito pelo Pará, Celso Sabino deve reassumir o mandato na Câmara após dois anos à frente do Ministério do Turismo. O ministro buscava permanecer na pasta ao menos até a realização da COP30, em novembro, mas não conseguiu evitar a saída.
Decisão partidária
O União Brasil aprovou no último dia 18 uma resolução determinando que seus filiados entregassem os cargos no governo Lula em até 24 horas. A medida foi chancelada após reportagens que citaram uma suposta ligação entre o presidente nacional da legenda, Antonio de Rueda, e o Primeiro Comando da Capital (PCC). Rueda nega qualquer vínculo.
A sigla afirma que houve “uso político da estrutura estatal” para desgastar a imagem de seu dirigente. O texto prevê punições disciplinares, incluindo a expulsão, para quem descumprir a determinação.
Apesar da resolução, os ministros Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional) e Juscelino Filho (Comunicações) não serão afetados, já que não são filiados ao partido e ocupam os cargos por indicação do senador Davi Alcolumbre (União-AP).