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Política

Deputada Paulinha defende uso medicinal da cannabis e incentivo à agricultura familiar em SC

Projeto de lei propõe cultivo controlado para medicamentos, com foco em saúde e geração de renda para pequenos produtores

Felipe EduardoPor Felipe Eduardo
16/09/2025 19:01Atualizado há 2 dias
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Deputada Paulinha defende uso medicinal da cannabis e incentivo à agricultura familiar em SC
Deputada Paulinha é a proponente do Projeto de Lei na Alesc (Foto: Agência AL)

A deputada estadual Paulinha (Podemos) apresentou um Projeto de Lei na Alesc que permite o plantio de cannabis para fins medicinais por grupos já autorizados, incluindo agricultores familiares. Ela explica que a iniciativa não tem relação alguma com o uso recreativo da planta, mas busca trazer benefícios à saúde e à economia local.

Segundo a parlamentar, o mandato vem estudando há anos os impactos dos medicamentos à base de cannabis em diversas patologias. Ela destaca que desde 1964, com avanços significativos a partir da década de 1990, pesquisas vêm mostrando resultados positivos no tratamento de fibromialgia, dores crônicas, ansiedade, Parkinson, Alzheimer, epilepsia e pessoas autistas, com efeitos que outros medicamentos não conseguem oferecer.

A deputada aponta ainda o potencial econômico da planta. Nos Estados Unidos, por exemplo, agricultores estão deixando o plantio de soja para investir na cannabis medicinal, considerada até dez vezes mais lucrativa.

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“Queremos que a agricultura familiar, em parceria com o governo do estado, comece a estudar essa possibilidade. Amanhã ou depois a Anvisa vai aprovar o uso do medicamento em maior escala, e temos tecnologia no Brasil para isso”, afirmou.

Ela cita como exemplo a empresa catarinense Santa Cannabis, em Itapoá, autorizada desde 2022 para plantio, preparo e fornecimento dos medicamentos. Paulinha enfatiza que o projeto visa produzir remédios mais baratos e abrir portas para que os agricultores tenham uma alternativa de renda. Ao mesmo tempo, ela ressalta a necessidade de controle rigoroso: cada semente precisa ser rastreada para evitar uso criminoso.

“Não é simplesmente plantar maconha amanhã. Quando há autorização para plantio, tudo precisa ser monitorado, mas é uma economia que vale a pena estudar e trilhar, especialmente com a mais completa autorização judicial do Brasil concedida pelo Supremo Tribunal Federal”, afirmou.

Sobre comparações com a crise dos opioides, a deputada pondera que a cannabis medicinal representa um caminho diferente, com menos riscos e mais benefícios. Pacientes que usam o medicamento podem reduzir o consumo de remédios alopáticos que têm efeitos colaterais graves.

“É um remédio mais natural, sem efeito alucinógeno, que atua no sistema endocanabinoide do corpo, ligado diretamente ao sistema nervoso. Todo ser humano possui substâncias endocanabinoides, e o desequilíbrio delas precisa ser reposto. Estamos falando de ciência e de uma oportunidade para a agricultura familiar em um estado que é forte nesse setor”, destacou.