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Política

Eduardo Bolsonaro assume liderança da Minoria na Câmara em meio a polêmica sobre ausências

Caroline de Toni renuncia ao posto em favor do colega de partido; oposição promete recorrer ao Judiciário contra a manobra

Felipe EduardoPor Felipe Eduardo
17/09/2025 09:41Atualizado há 1 dia
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Eduardo Bolsonaro assume liderança da Minoria na Câmara em meio a polêmica sobre ausências
PL oficializa Eduardo Bolsonaro como líder da Minoria na Câmara (Foto: Reprodução/X @DepSostenes)

O Partido Liberal (PL) oficializou, nesta terça-feira (16), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) como novo líder da Minoria na Câmara dos Deputados. A função, até então ocupada por Caroline de Toni (PL-SC), foi repassada ao filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, que está morando nos Estados Unidos desde julho.

A deputada catarinense assume agora como primeira vice-líder, com a atribuição de representar o bloco oposicionista em plenário quando o novo líder estiver ausente.

A mudança tem caráter estratégico. Eduardo Bolsonaro não registra presença em votações da Câmara há mais de dois meses e, a partir do próximo ano, poderia perder o mandato automaticamente por excesso de faltas. Ao ser nomeado líder da Minoria, passa a ter direito à prerrogativa prevista em resolução de 2015, assinada pelo então presidente da Casa, Eduardo Cunha (MDB-RJ), que isenta líderes e integrantes da Mesa Diretora de justificar ausências em sessões deliberativas.

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Eduardo Bolsonaro assume liderança da minoria na Câmara dos Deputados (Foto: Reprodução/Internet)

Segundo o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), a decisão busca proteger o parlamentar diante de um “exílio forçado”.

“Desde 5 de março de 2015 esse ato da Mesa está valendo. A deputada Carol de Toni faz esse singelo ato ao nosso guerreiro, deputado Eduardo Bolsonaro, que está nos Estados Unidos para lutar contra injustiças contra sua família”, afirmou em coletiva no Salão Verde.

Eduardo Bolsonaro, que chegou a se licenciar do mandato entre março e julho, tem atuado nos EUA para articular sanções do governo Donald Trump contra o Brasil. As medidas, em vigor desde agosto, têm como objetivo pressionar as instituições brasileiras após a condenação de Jair Bolsonaro a 27 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF), por tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e outros crimes.

Caroline de Toni justificou a renúncia em tom de apoio.

“Estamos protegendo sim o Eduardo Bolsonaro naquilo que estiver a nosso alcance, porque ele está exercendo o seu mandato, só está à distância por uma vontade que não é dele”, declarou.

Caroline de Toni renuncia liderança da minoria e PL indica Eduardo Bolsonaro para o cargo (Foto: Reprodução/Internet)

Reação governista

A oficialização da nova liderança gerou forte reação na base governista. O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), classificou a medida como “um absurdo” e anunciou que a bancada prepara ações no Plenário, na Mesa Diretora e no Judiciário para contestar a manobra.

Na semana passada, o petista já havia protocolado no STF uma representação criminal em que pede a prisão preventiva de Eduardo Bolsonaro, além do bloqueio imediato de salários e verbas parlamentares. O argumento é de que o deputado estaria ausente do país há meses enquanto realiza lobby em favor das sanções norte-americanas, prejudicando as exportações brasileiras e tentando interferir no julgamento de seu pai.

A nomeação de Eduardo já foi encaminhada ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que deverá confirmar a validade da troca.