
Na última sexta-feira (31), o Hospital Regional do Oeste (HRO) viveu um momento de grande emoção com a entrega do Projeto Asas da Esperança e da Sala de Acolhimento da UTI Pediátrica. Profissionais, famílias, voluntários e parceiros celebraram os espaços que, além de revitalizados, carregam mensagens de amor, esperança e solidariedade.
A ambientação da Sala de Acolhimento foi realizada pelo Lions Clube Anchieta, enquanto o corredor do 4º andar foi transformado pelo Projeto Asas da Esperança, com apoio das Formigas do Bem – SACH. O projeto surgiu da união de duas famílias que perderam seus filhos e buscaram ressignificar a saudade em gestos de carinho, criando um espaço de leveza e fé para outras crianças e familiares.
O Asas da Esperança nasceu da história de Angelo, de 4 anos, e Gustavo, de 15 anos, cujas trajetórias inspiraram o projeto arquitetônico, desenvolvido voluntariamente pelo arquiteto Gean Barth, primo de Gustavo. As cores do corredor refletem a personalidade das crianças: verde para Gustavo, ligado ao escotismo, e azul para Angelo, sua cor favorita. Frases selecionadas pelas mães formam os nomes dos meninos, oferecendo mensagens de força e esperança para todos que passam pelo local.
Gustavo, filho de Sirlei e Waldomiro Nedel, compartilhou sua luta contra a leucemia com a equipe do HRO por nove meses.
“Ele era um menino muito especial, dedicado, com fé inabalável e sempre preocupado em ajudar o próximo. Quando estava internado, sonhou em criar um projeto em prol do hospital. Infelizmente, não conseguiu, mas seguimos seu legado com muito amor”, relembra a mãe.
Angelo, filho de Tatiana e Carlos Otávio Kich, recebeu cuidados intensivos da UTI Pediátrica após um acidente.
“Ele foi um presente de Deus, um menino meigo e encantador. Esta ação é a nossa forma de agradecer todo o amor e acolhimento que recebemos nos dias mais difíceis”, emociona-se Tatiana.

As famílias, de Mondaí/SC, se conheceram por meio de uma amiga em comum e decidiram unir forças para deixar a marca de seus filhos no hospital.
“O projeto no corredor de 40 metros representa a passagem, não só das crianças, mas também da equipe, lembrando-nos da importância de acolher e ressignificar cada momento vivido na UTI”, explica a enfermeira coordenadora da UTI Pediátrica, Gloriana Frizon.